Publicado por Redação em Notícias Gerais - 19/06/2012
Juros futuros fecham quase estáveis, repercutindo indicadores de inflação
Os principais contratos de juros fecharam praticamente estáveis no mercado futuro da BM&F nesta terça-feira (19), com uma leve tendência de queda na ponta mais longa da curva. Os investidores repercutiram os indicadores de inflação, além das declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, em relação à política monetária e à situação econômica internacional.
Na agenda doméstica, o investidor repercutiu o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) desacelerou para 0,63% na segunda medição de junho, na comparação com maio, conforme dados da FGV (Fundação Getulio Vargas). Em outro relatório, a FGV informou ainda que o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) arrefeceu em todas as sete capitais analisadas durante a segunda semana deste mês.
Já a inflação de São Paulo, medida pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), apontou variação de 0,25%. O resultado é 0,33 ponto percentual maior do que o visto no mesmo período de 2011, quando foi de -0,08%.
De acordo com as afirmações de Tombini durante evento, a inflação segue em tendência de declínio, a se deslocar para a trajetória de metas, de 4,5% ao ano. Além disso, o presidente do BC estima uma aceleração do crescimento da atividade econômica, com alta do PIB no ritmo de 4% no quarto trimestre de 2012 em comparação a igual período do ano anterior. Já para o primeiro semestre de 2013, a estimativa é de alta de 4,5% em relação ao mesmo período desse ano.
Front externo
No ambiente externo, o mercado esteve de olho no primeiro dia da reunião de política monetária do Federal Reserve. O encontro começou nesta terça e termina quarta-feira, quando será anunciada a taxa de juros do país e possivelmente novas medidas medidas de estímulo à economia.
No continente europeu, a atenção se divide entre a esperança sobre a formação de um novo governo na Grécia e as preocupações com a Espanha, onde o rendimento da dívida de dez anos continua acima de 7%. No final da sessão, o mercado repercutiu a notícia de que a chanceler alemã, Angela Merkel, estuda permitir que os fundos de resgate comprem títulos de países em maior crise da Zona do Euro.
Contrato de janeiro de 2014 fechou com taxa de 8,03%
O contrato de juros de maior liquidez nesta terça-feira, com vencimento em janeiro de 2014, registrou uma taxa de 8,03%, mesmo patamar do fechamento de segunda-feira.
Outros contratos que fecharam com bom volume negociado foram o com vencimento em janeiro de 2013, que registrou taxa de 7,71% e o de janeiro de 2015, com taxa de 8,70%. No fechamento de segunda-feira, as taxas apontadas por estes contratos eram 7,71% e 8,73%, respectivamente.
A seguir confira o fechamento das taxas dos principais contratos de juros futuros na BM&F:
Vencimento | Taxa atual | Taxa anter | Diferença | Contr Neg |
---|---|---|---|---|
Julho de 2012 | 8,34 | 8,34 | 0,00 | 6.535 |
Janeiro de 2013 | 7,71 | 7,71 | 0,00 | 231.620 |
Abril de 2013 | 7,66 | 7,65 | +0,01 | 1.360 |
Julho de 2013 | 7,70 | 7,70 | 0,00 | 51.454 |
Outubro de 2013 | 7,83 | 7,83 | 0,00 | 8.435 |
Janeiro de 2014 | 8,03 | 8,03 | 0,00 | 242.647 |
Abril de 2014 | 8,19 | 8,20 | -0,01 | 13.360 |
Julho de 2014 | 8,36 | 8,38 | -0,02 | 6.990 |
Janeiro de 2015 | 8,70 | 8,73 | -0,03 | 70.565 |
Fonte: Infomoney