Publicado por Redação em Previdência Corporate - 26/03/2013
Juros baixos elevam procura por previdência privada aberta
Carteira registrou R$ 343,1 bi em janeiro de 2013, alta de 25,28% comparada com o mesmo mês de 2012
O mercado de previdência complementar aberta arrecadou R$ 6,6 bilhões em janeiro de 2013. O montante de novos recursos que ingressaram no sistema é 40,05% superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior, que foi de R$ 4,7 bilhões. Com o desempenho da previdência complementar aberta no mês de janeiro, a carteira de investimentos do sistema alcançou o patamar de R$ 343,1 bilhões, alta de 25,28% na comparação com os R$ 273,9 bilhões registrados em janeiro de 2012.
Com o desempenho do setor, a carteira de investimentos do VGBL obteve alta de 31%, passando de R$ 162,8 bilhões para R$ 213,3 bilhões. Já a carteira do PGBL cresceu 13,17%, no período e registrou R$ 75,2 bilhões. Por fim, a carteira dos planos tradicionais passou de R$ 44,3 bilhões para R$ 54 bilhões, alta de 21,73%.
Segundo a FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), que representa 22 seguradoras e 13 entidades abertas de previdência complementar no país, a previdência privada aberta conta atualmente com aproximadamente 12 milhões de contratos ativos e cerca de 95 mil já usufruindo os benefícios (aposentadoria, pecúlio, pensão, renda por invalidez e renda a menores).
Desempenho por produto (Planos Individuais, Menores e Empresariais)
Na análise por produto, os individuais foram o destaque, com arrecadação de R$ 6 bilhões, volume 52,43% superior ao ano anterior. Os planos para menores registraram aportes de R$ 548,9 milhões e os planos empresarias, por sua vez, contabilizaram R$ 147,6 milhões em novos depósitos, baixa de 21,07%.
Desempenho por plano (VGBL e PGBL)
Segundo a FenaPrevi, na avaliação por tipo de plano, a carteira do VGBL, modalidade indicada para quem declara o IR pelo modelo simplificado, foi a que obteve melhor desempenho. A modalidade registrou R$ 5,8 bilhões em novos depósitos (crescimento de 48,76%, frente a janeiro de 2012). Já o PGBL, recomendado para os participantes que declaram o IR pelo formulário completo, registrou depósitos de R$ 586,3 milhões (alta de 2,78%). Por fim, a arrecadação dos planos tradicionais apresentou leve queda de 3,30%, passando de R$ 295,3 bilhões para os atuais 285,5 bilhões.
Ranking das Empresas – Carteira de Investimentos (R$ 343,1 bilhões)
A Bradesco Vida e Previdência liderou o ranking no período com 33,15% do total das reservas; Itaú Vida e Previdência (24,24%%); BrasilPrev Seg. e Previdência (20,15%); Zurich Santander Seg. e Prev. (6,20%); Caixa Vida e Previdência (5,72%); HSBC Vida e Previdência (3,28%); Icatu Seguros (1,98%); Sul América Seg. e Previdência (1,26%); Safra Vida e Prev. (0,86%); Porto Seguro Vida e Prev. (0,76%). As demais entidades somam, no total, 2,39% da Carteira de investimentos.
Provisões – As provisões (recursos acumulados pelos titulares dos planos do sistema de previdência complementar aberta) apresentaram saldo de R$ 329,7 bilhões e alta de 23,61% em janeiro de 2013. No mesmo período do ano anterior, as provisões totalizaram R$ 266,7 bilhões. As provisões do VGBL tiveram o crescimento mais expressivo no período (alta de 30,59%), passando de R$ 163,4 bilhões para R$ 213,3 bilhões.
As provisões dos planos PGBL cresceram 14,07%, no período, passando de R$ 65,9 bilhões para R$ 75,2 bilhões. As reservas de planos tradicionais, por sua vez, passaram de R$ 37,2 bilhões para R$ 40,9 bilhões, no período, alta de 9,97%.[2]
Com relação a market share, os planos VGBL mantiveram a liderança no volume de provisões entre os planos de caráter previdenciário, com 64,72% do total, seguidos pelos PGBL, com 22,81% do volume total de provisões, enquanto os planos tradicionais contaram com 12,41% do volume total de provisões. Outros produtos – incluindo os FAPI - completam a equação, com 0,05%.
Fonte: segs