Publicado por Redação em Notícias Gerais - 09/08/2013

Investidores do Rural terão indenização de R$ 900 milhões

O Fundo Garantidor de Créditos indenizará em quase R$ 900 milhões os fundos de investimento e os demais aplicadores que compraram CDB (Certificado de Depósito Bancário) e títulos do Banco Rural, instituição financeira que teve sua liquidação extrajudicial decretada há uma semana pelo Banco Central.
 
Os pagamentos começaram a ser feitos anteontem aos fundos de investimento que apresentaram a documentação exigida pelo FGC.
 
É uma das maiores indenizações já pagas pelo Fundo Garantidor, que neste ano elevou a cobertura dos investidores pessoa física de R$ 70 mil para R$ 250 mil para cada CPF.
 
O fundo é uma instituição privada criada pelas próprias instituições financeiras para indenizar os depósitos dos clientes em caso de quebra os bancos. Hoje, seu patrimônio soma cerca de R$ 31 bilhões.
 
O Fundo Garantidor já havia pago R$ 1,1 bilhão aos investidores do Banco BVA, que foi liquidado em junho após o fracasso da venda da instituição financeira ao empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, dono da concessionária Caoa.
 
Antes, o Cruzeiro do Sul custou R$ 1,9 bilhão, e o Pan-Americano, outros R$ 3,35 bilhões aos cofres do Fundo Garantidor.
 
Dos R$ 900 milhões em indenizações pela quebra do Banco Rural, R$ 750 milhões são de fundos de investimento e de aplicadores individuais que compraram títulos com uma espécie de seguro conhecido como DPGE.
 
Essa garantia especial indeniza em até R$ 20 milhões os aplicadores.
 
Segundo a consultoria Economática, 74 fundos de investimento tinham cerca de R$ 480 milhões aplicados em títulos do Banco Rural até a data de liquidação do banco.
 
Entre os grandes bancos, a Caixa tinha 25 fundos, e o Itaú, outros 9 com investimentos no Banco Rural.
 
Procurados, a Caixa e o Itaú disseram que todos os fundos tinham cobertura integral pelo DPGE e que os clientes não tiveram nenhum prejuízo.
 
A LIQUIDAÇÃO
 
Ao decretar a liquidação do Rural, na sexta-feira, o Banco Central previa que a instituição financeira ficaria com patrimônio negativo de
R$ 300 milhões após assumir perdas judiciais até setembro.
 
O banco ficou conhecido por operar as contas do mensalão, esquema de corrupção de pagamento de congressistas aliados ao governo.
 
Os dirigentes, entre eles a ex-presidente Katia Rabelo, foram condenados a até 16 anos de prisão por gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e remessa ilegal de recursos ao exterior.
 
Os controladores do Rural disseram que foram surpreendidos pela decisão do Banco Central. Eles negociavam um aporte de recursos para manter a instituição em funcionamento.
 
Desde 2005, época do escândalo, os controladores fizeram injeções de recursos para mantê-lo em operação. 
 
Fonte: Folha SP

Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Conta no exterior é opção para quem gasta em outro país

Comprar uma casa no Caribe, um apartamento em Miami ou uma fazenda no Uruguai faz parte do sonho de muita gente. O mesmo vale para os planos de permitir que os filhos passem uma temporada de estudos no exterior. Nos dois casos, abrir uma conta fora do Brasil pode ser uma boa alternativa.

Notícias Gerais, por Redação

Desemprego fica estável em 6% em setembro, aponta IBGE

A taxa de desemprego ficou em 6% em setembro, estável em relação a agosto. O percentual é inferior ao registrado em setembro 2010 --de 6,2%. Os dados são da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), divulgada nesta quinta-feira (27) pelo IBGE.

Deixe seu Comentário:

=