Publicado por Redação em Previdência Corporate - 11/07/2011
Inflação faz inadimplência do consumidor fechar semestre com maior alta desde 2002
SÃO PAULO – A inadimplência dos consumidores fechou o primeiro semestre deste ano com alta de 22,3%, na comparação com o mesmo período de 2010. Esse foi o maior aumento em nove anos, segundo o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, divulgado nesta segunda-feira (11).
A política econômica monetária para controle da inflação, a alta dos juros, o IOF (Imposto sobre Operações financeiras) e o encarecimento do crédito foram apontados como fatores responsáveis pelo crescimento da inadimplência nos seis primeiros meses do ano, conforme avaliam os economistas da Serasa Experian.
Nas comparações anuais e mensais o indicador também apresentou expansão. Entre o mês de maio e junho deste ano, o índice perdeu fôlego e registrou alta de 7,9%. Já entre junho de 2010 e o mês passado, o crescimento foi de 29,8%, maior crescimento desde maio de 2002.
Modalidades de pagamento
Todas as modalidades de pagamentos mostraram expansão em termos de inadimplência na comparação mensal, excluindo apenas os protestos. Os economistas da Serasa avaliam que, com a redução do poder aquisitivo do consumidor e o endividamento crescente, fica mais difícil o pagamento das dívidas assumidas anteriormente.
No caso do crescimento da inadimplência com cheques, os economistas observaram que a situação se agrava pelo uso intensificado no varejo do pré-datado, utilizado para contornar os custos com cartões de crédito e aliviar o consumidor do IOF maior.
No entanto, o principal responsável pela alta mensal do índice foi a inadimplência com os bancos, registrando um aumento de 8,1% e contribuindo com 3,8 pontos percentuais na variação total. As dívidas não bancárias e os cheques sem fundo também colaboraram para a alta do indicador, com variação de 5,4% e 18,9%, respectivamente.
As dívidas não bancárias compreendem: cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água.
Por fim, os títulos protestados apresentaram queda de 11,7%, contribuindo com uma queda de 0,2%
Fonte: web.infomoney.com.br | 11.07.11