Publicado por Redação em Mercado - 09/10/2024
Homens aceitam salários menores em troca de benefícios: Pesquisa mostra o impacto para RHs
Pesquisa revela que homens aceitam salários menores em troca de benefícios mais robustos, mostrando que empresas que investem em pacotes personalizados têm mais chances de atrair e reter talentos.
Oferecer um pacote de benefícios atraente pode ser a chave para a retenção e satisfação de colaboradores, especialmente entre os homens. Segundo uma pesquisa realizada pela Caju, empresa de tecnologia voltada para soluções de gestão de RH, em parceria com a consultoria Provokers, 51% dos homens afirmam que aceitariam um salário menor se os benefícios oferecidos pela empresa fossem mais vantajosos. O levantamento, que entrevistou 524 trabalhadores CLT de diferentes regiões do Brasil, revela como a cultura dos benefícios está moldando o cenário organizacional e influenciando diretamente as decisões dos colaboradores.
Se as empresas ainda estão focadas exclusivamente no salário como ferramenta de atração de talentos, é hora de rever essa estratégia. A pesquisa da Caju deixa claro que os benefícios são uma parte essencial da equação para manter os colaboradores engajados e produtivos. Homens, por exemplo, valorizam mais o plano de saúde (32,4%) e a participação nos lucros (16,1%) do que as mulheres, que se destacam na preferência por vale-alimentação (30%) e horário flexível (2,4 vezes mais importante para elas).
Para os RHs que buscam criar pacotes de benefícios que dialoguem diretamente com as necessidades e expectativas dos colaboradores, a personalização é a palavra-chave. Oferecer opções que vão além do básico pode ser um fator decisivo para atrair e reter talentos.
Uma das descobertas mais importantes do estudo é que 85% dos colaboradores, independentemente do gênero, acreditam que os benefícios influenciam diretamente sua satisfação no trabalho. Este dado demonstra que os benefícios corporativos não são apenas um “extra”, mas sim um fator decisivo na motivação e engajamento dos funcionários. Com a crescente demanda por pacotes que promovam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, as empresas que não acompanharem essa tendência correm o risco de perder seus melhores talentos.
Apesar do impacto positivo, há um longo caminho pela frente para muitas empresas brasileiras. A flexibilidade no trabalho, que é um dos benefícios mais desejados, ainda é pouco comum. Apenas 20% dos trabalhadores da região Sudeste afirmam ter acesso ao benefício de horário flexível ou home office. Este cenário revela uma oportunidade valiosa para as empresas inovarem e se destacarem no mercado.
“A pesquisa mostra que há uma demanda crescente por benefícios que vão além do suporte financeiro, incluindo bem-estar e equilíbrio entre vida profissional e pessoal. As empresas que conseguirem adaptar seus pacotes de benefícios a essas novas exigências estarão mais bem posicionadas para atrair e reter talentos de alta performance”, afirma Lucas Fernandes, CHRO da Caju.
Outro ponto destacado pela pesquisa é a percepção de que empresas que oferecem benefícios inovadores são vistas como mais atualizadas e dinâmicas. Cerca de 86% dos entrevistados afirmam que benefícios diferenciados influenciam sua visão sobre a inovação da empresa. Em um mercado competitivo, onde a cultura organizacional é cada vez mais valorizada, oferecer pacotes customizados pode ser o diferencial que faltava para se destacar.
Com 76% das mulheres e 70% dos homens considerando os benefícios como um fator crucial na hora de aceitar uma proposta de emprego, a mensagem para os RHs é clara: investir em pacotes de benefícios não é apenas uma vantagem, mas uma necessidade estratégica.
Os resultados da pesquisa reforçam a importância de uma abordagem mais estratégica e personalizada na criação de pacotes de benefícios. Empresas que adaptarem seus benefícios às demandas atuais, como saúde, flexibilidade e bem-estar, estarão mais bem preparadas para atrair, reter e motivar seus colaboradores.
No atual cenário, em que 51% dos homens estão dispostos a negociar salários menores em troca de benefícios melhores, os RHs têm a chance de reestruturar suas ofertas e criar uma cultura organizacional mais forte e alinhada com as necessidades reais dos seus funcionários.
A era em que o salário era o único fator decisivo ficou para trás. Benefícios corporativos são, agora, a moeda de troca mais valiosa para quem busca não apenas talentos, mas também colaboradores engajados e motivados a longo prazo.
Fonte: Redação Mundo RH