Publicado por Redação em Notícias Gerais - 10/02/2015

Governo deve arrecadar R$ 10 bi com aumento da fiscalização em benefícios trabalhistas

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, anunciou nesta segunda-feira que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) deve lançar, até o final de março, 10 programas que juntos devem gerar mais de R$ 10 bilhões em arrecadação extra para os fundos dos trabalhadores (FGTS e FAT) e para a Previdência Social. A maioria desses projetos visa aumentar a fiscalização nos benefícios trabalhistas. Esse montante deverá se somar aos R$ 18 bilhões que o governo pretende economizar;por ano com as recentes mudanças nos benefícios trabalhistas e previdenciários.

Em entrevista à imprensa após participar de reunião na sede da Força Sindical, ele afirmou que dois programas serão lançados nesta quarta-feira. O primeiro deles será a implantação da fiscalização eletrônica de empresas. A previsão é de que o total de companhias fiscalizadas aumente de 200 mil para 800 mil. O programa deverá gerar uma arrecadação extra de R$ 2,7 bilhões. "O auditor vai poder fiscalizar mil empresas ao mesmo tempo sem sair do local de trabalho", disse.

O segundo programa a ser lançado nesta quarta-feira será o de combate ao trabalho informal. A estimativa é de que o projeto deverá incluir mais de 500 mil trabalhadores na formalidade somente em 2015. Aumento que deverá render cerca de R$ 2,6 bilhões de arrecadação extra aos fundos dos trabalhadores. "E a ideia é aumentar esses números nos outros anos", afirmou Dias.

O ministro ainda defendeu as medidas como forma de estabelecer o equilíbrio na economia. Ele reconheceu, contudo, que a apresentação delas no fim do ano não foi das melhores, mas alegou que foi feita dessa forma por uma questão de prazos. A fala veio após ele ouvir inúmeras críticas de sindicalistas, que acusam o governo de ter "traído" a classe trabalhadora, ao anunciar as medidas "na calada da noite", sem conversa prévia com os trabalhadores.

Abono. A proposta de mudança na regra de concessão do abono salarial ainda não está fechada, de acordo com Manoel Dias. No início de fevereiro, foi veiculado na imprensa que o governo estaria estudando fatiar o pagamento do benefício em 12 meses. Atualmente, o abono salarial do PIS é creditado em quatro datas no segundo semestre de cada ano.

O objetivo com a mudança seria alongar o novo prazo até junho do ano seguinte. Com isso, cerca de metade dos R$ 10,125 bilhões estimados pelo governo como gasto com abono neste ano seria empurrada para 2016. A proposta que está sendo estudada não foi incluída na Medida Provisória (MP) que mudou as regras do seguro-desemprego, anunciada no fim de 2015.
 
 Fonte: O Estado de S.Paulo


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Dilma sanciona lei que cria nova aposentadoria para servidores

A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que cria a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp) para os servidores públicos da União. A norma está na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União.

Notícias Gerais, por Redação

Bolsas da Ásia têm pouca variação antes de leilão espanhol

As Bolsas de Valores da Ásia operaram em margens apertadas nesta quinta-feira, antes da venda de títulos espanhóis vista como um teste chave sobre o apetite dos investidores por risco, em meio a novos temores sobre a crise da dívida da zona do euro.

Notícias Gerais, por Redação

Mantega negocia desoneração de setores da indústria

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai se reunir ao longo de toda esta quinta-feira com quatro setores da indústria (têxtil, aeroespacial, móveis e peças para veículos) para negociar a desoneração da folha de pagamento.

Deixe seu Comentário:

=