Publicado por Redação em Notícias Gerais - 20/12/2011
Governo adotará medidas para impedir que Real volte a se valorizar, diz Mantega
O governo adotará os mecanismos necessários para impedir que o real volte a se valorizar em relação ao dólar, disse hoje (20) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista coletiva em Montevidéu. Ele não estabeleceu, no entanto, um patamar para a moeda americana.
- Nós não permitiremos uma valorização do real naquela velocidade que vinha ocorrendo.
O ministro está na capital uruguaia para a reunião de presidentes do Mercosul e dos países associados, que começa nesta terça-feira (20). Ele lembrou que há alguns meses o dólar valia R$ 1,5 e que o governo adotou medidas para reverter esse quadro, porque prejudicava a indústria brasileira.
- Quando o real se valoriza, encarece a mercadoria brasileira, tanto no mercado externo quanto no interno. Fica dificil exportar, no mercado interno os produtos brasileiros competem com mercadoria estrangeira, que chega com câmbio baixo, manipulado e manuseado.
Mantega considera que a política de evitar a valorização do real está funcionando, mas não quis estabelecer um patamar. Disse apenas que vai "forçar para que haja um dólar mais valorizado e um real mais desvalorizado".
O ministro avaliou a conjuntura internacional e os efeitos da crise sobre a América Latina, durante encontro, nessa segunda-feira (19) à noite, de ministros da área econômica do Mercosul. Ele também está negociando um mecanismo de defesa comercial para o bloco econômico, que reune o Brasil, a Argentina, o Uruguai e Paraguai e que deve ser anunciado no fim da reunião de presidentes.
A proposta defendida por Mantega é permitir aos países do Mercosul aumentar, de forma unilateral, as alíquotas de importação de 100 a 200 produtos até 35% - o máximo permitido pela OMC (Organização Mundial do Comércio).
Atualmente, os países devem aplicar uma mesma TEC (Tarifa Externa Comum) a esses produtos. Mas, com a crise econômica internacional, o Brasil e a Argentina temem ver seus mercados invadidos por importações de países asiáticos e europeus que precisam exportar para crescer.
Fonte:noticias.r7.com|20.12.11