Publicado por Redação em Notícias Gerais - 12/09/2013
Funcionários dos Correios entram em greve
SÃO PAULO - Funcionários dos Correios entraram em greve na noite desta quarta-feira, 11. Oito Estados - Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Tocantins, Rio Grande do Norte, Rondônia, Pernambuco e Paraíba - têm seus serviços postais e de encomendas paralisados, segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares de São Paulo (Sintect - SP). Entre as demandas da categoria, estão reajuste do piso salarial, aumento real de 6%, vale-alimentação e reembolso creche.
O sindicato se reuniu com representantes da empresa no início do mês para discutir a pauta da categoria, mas não houve acordo. Os grevistas pedem um reajuste de 10%, mas os Correios oferecem um porcentual de 5,27%, número abaixo da inflação anual do Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA), de 6,27%.
O presidente do Sintect-RJ, Marcos Sant'Aguida, disse que além de reivindicar melhores salários, a categoria busca o fortalecimento da empresa. "Queremos que tenha uma entrega ampla em todo o território nacional, mais trabalhadores, mais infraestrutura de transporte e mais atendimento ao público. Nós colocamos 62 itens na reunião com os Correios", afirmou.
No Rio, os sindicalistas formaram um piquete a fim de impedir a saída dos veículos com malotes de encomenda para entregas nesta quinta-feira. A categoria já programou uma assembleia para esta manhã, às 10 horas.
Protesto
Está prevista uma passeata dos grevistas na capital paulista durante a tarde. Eles devem sair do vão do MASP, na Avenida Paulista, às 15h, em direção à Agência Central dos Correios, no Vale do Anhangabaú.
Serviço
Os Correios informam que estão adotando várias ações preventivas para garantir a prestação de serviços à população em caso de paralisação dos trabalhadores. Por meio de nota, a assessoria de imprensa dos Correios reforça que, "somente após o início do expediente de hoje, poderá ser verificada a adesão à paralisação, por meio do ponto eletrônico". Mas, segundo a empresa, se parte dos trabalhadores aderir à paralisação, serão colocadas em prática medidas do Plano de Continuidade de Negócios para garantir a entrega de cartas e encomendas e o atendimento em toda a rede.
"Entre as ações estão a realização de horas extras, mutirões para entrega nos fins de semana, deslocamento de empregados entre as unidades e contratações temporárias", diz a nota dos Correios.
Em nota, os Correios informaram que estão em processo de negociação do acordo coletivo de trabalho com as entidades sindicais e continuam abertos ao diálogo, não havendo, portanto, justificativa para a paralisação. "A empresa ofereceu reajuste de 5,27% sobre os salários e benefícios. Este índice, somado à progressão anual concedida no ano passado, equivale ou ultrapassa os índices inflacionários do período, impedindo perdas aos trabalhadores", informou a empresa.
(Com informações da Agência Brasil e Sandra Manfrini, da Agência Estado)
Fonte: Estadão