Publicado por Redação em Notícias Gerais - 13/09/2012

Fazenda baixa de 3% para 2% previsão de alta do PIB em 2012

Se confirmado, será o pior resultado da economia desde 2009. Inflação está sob controle e estará 'comportada' em 2013, disse Mantega.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu nesta quinta-feira (13) que o crescimento da economia brasileira deverá ficar em 2% neste ano, reduzindo a previsão anterior do ministério, de expansão de 3%. No começo deste ano, Mantega informava que o crescimento da economia seria superior a 4% no período.

Se confirmada, será a menor taxa desde 2009, quando o país registrou retração de 0,3%. Em 2010 e 2011, respectivamente, a economia cresceu 7,5% e 2,7%. O corte na previsão de crescimento do PIB deste ano acontece em meio aos efeitos da crise financeira internacional, que tem impactado todas as economias do planeta.

O BC, até o momento, prevê uma taxa de expansão de 2,5% para o PIB neste ano, mas pode rever este número no fim deste mês, quando será divulgado o relatório de inflação do terceiro trimestre. Ao mesmo tempo, o mercado financeiro estima um crescimento menor: de 1,6%.

Medidas de estímulo
O corte na previsão de PIB do Ministério da Fazenda foi feito apesar das várias medidas de estímulo à economia adotadas neste ano pelo governo federal, como a redução do IPI para a linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar) e para os automóveis, além da redução do IOF para empréstimos tomados pelas pessoas físicas, das desonerações anunciadas para a folha de pagamentos, da liberação de depósitos compulsórios para os bancos e do corte da taxa básica de juros desde agosto do ano passado. Ao contrário do ocorrido na primeira etapa da crise financeira, em 2008 e 2009, desta vez o governo não reduziu a meta de superávit primário (recursos destinados ao pagamento dos juros da dívida pública).

Inflação
Em um momento de alta dos preços, o ministro da Fazenda demonstrou otimismo. Segundo ele, o governo está tomando várias medidas que contribuem para reduzir os preços dos produtos no próximo ano, como a redução do IPI para linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar) e dos automóveis, além do corte de encargos sobre a energia elétrica, anunciada recentemente.

"A própria redução dos juros reduz o custo financeiro e acaba reduzindo os preços. A inflação está sob controle. Tivemos um choque de oferta. Os grãos subiram no cenário interncional. Isso foi determinado pela seca nos Estados Unidos e na Rússia. Os preços que dependem de nós estão sob controle. Não há pressão inflacionária no país que não sejam o choque de oferta. Com todas estas medidas, teremos inflação bem comportada no Brasil em 2013", acrescentou ele.

Fonte: G1


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