Publicado por Redação em Gestão do RH - 22/04/2022

Falta de feedback, comunicação ou empatia causam problemas entre líderes e funcionários



Falta de feedback
falhas na comunicação e falta de comprometimento ou empatia com as equipes. Estes são alguns fatores que levam a conflitos entre funcionários e seus líderes, segundo uma pesquisa feita pela Mindsight. A cada 10 entrevistados, seis disseram já ter tido problemas com a chefia.

O levantamento foi realizado com 1,2 mil profissionais. Do total, 48,2% se identificaram como mulheres, 47,5% como homens e 4,3% como pessoas não-binárias. Dentre os problemas citados, a falta de feedback foi o mais frequente, relatado por 13% dos profissionais.

Uma parcela de 7% ainda relatou já ter sofrido assédio moral ou sexual por parte dos seus líderes. A proporção de profissionais afetados é 20% maior entre as mulheres em relação aos homens. "O número provavelmente é menor do que seria anos atrás, mas sugere que ainda há lideranças autoritárias e que fazem distinção de gênero para se afirmar", avalia Felipe Cesar, Head de Sucesso do Cliente da Mindsight.

A pesquisa também buscou entender quais são as qualidades mais associadas aos bons líderes. Responsabilidade e comprometimento foram as mais citadas (84%), seguidas de comunicação (83%) e empatia com o time (81%).

Atritos podem ter origem na cultura organizacional
Entre os entrevistados, 51% disseram já ter ocupado um cargo de liderança. Na ocasião, suas maiores dificuldades foram estabelecer limites com a equipe (29,6%), encontrar equilíbrio entre as exigências (22,7%) e recrutar a pessoa certa para a equipe (15%).

A pandemia também foi apontada como fonte de desafios, como os de manter o time alinhado e com boa comunicação e garantir o equilíbrio entre a produtividade e a pressão excessiva. Para Felipe, os dados evidenciam que, em muitos casos, os conflitos não afetam apenas os liderados – e podem ter origem em problemas organizacionais e culturais da empresa.

"As empresas precisam fazer pesquisas internas para entender como as pessoas estão se sentindo e reagindo à cultura da empresa e à liderança", afirma. Ao fazer isso, completa ele, também poderão identificar problemas diretamente relacionados a alguns dos líderes – como o assédio – e valorizar os bons exemplos.

A atenção também ajuda a evitar a perpetuação de más práticas entre novos funcionários e futuros líderes. "Muitas vezes, a liderança seleciona candidatos com comportamento parecido com o seu", diz Felipe. Se a pessoa tem comportamentos nocivos, a tendência é que traga pessoas que reproduzem esse tipo de prática. "É papel do RH olhar para quem são as lideranças da empresa e como a seleção está sendo feita."



Fonte: Época Negócios


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