Publicado por Redação em Previdência Corporate - 02/10/2015
“Falta cultura financeira nos brasileiros”, diz especialista em previdência
Entender a importância da previdência e no longo prazo é o que falta ao investidor
SÃO PAULO – Em cenário de recessão econômica, as alternativas para alguns brasileiros vão se esgotando e, resgatar valores em planos de previdência privada, pode se tornar uma opção tentadora. “O principal motivo que leva a retiradas são as dívidas, por isso que a previdência privada é uma excelente ferramenta de disciplina financeira e irá fazer toda a diferença na vida de quem ganha agora mais do que o INSS paga na aposentadoria. Sem um plano adequado, alguém que se aposenta pode ter sua renda reduzida significativamente de um dia para o outro”, diz Maristela Gorayb, CFP, planejadora financeira certificada pelo IBCPF e diretora de Previdência e Vida Resgatável da MAPFRE.
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Para evitar problemas no futuro, planejamento financeiro deve ser a prioridade número um. “A raiz da questão é a educação financeira. Falta uma cultura financeira por parte dos brasileiros e isso faz com que eles se peguem em armadilhas já que não possuem um planejamento prévio, ocasionando assim saques da previdência”, explica Maristela, “planos de PGBL ou VGBL podem ter carência de 2 meses a 2 anos, inibindo assim a retirada durante esse período, contudo, o fato do investidor ser livre para retirar o dinheiro no período que achar mais conveniente foi um dos principais fatores que fizeram o produto crescer, contudo é preciso ter responsabilidade”, acrescenta.
De acordo com a especialista, o primeiro passo para evitar o comprometimento de planos de previdência é organizar o orçamento para que os gastos mensais sejam sempre menores que os ganhos, calcular o valor monetários dos sonhos a serem realizados, sejam eles de curto ou longo prazo e ter disciplina para manter a aplicação na previdência.
Porém, se o endividamento foi inevitável, existem opções para que o equilíbrio seja novamente atingido sem comprometimento da previdência privada. Uma das alternativas, segundo Gorayb, seria utilizar o dinheiro economizado na poupança, dessa maneira, além de preservar os melhores rendimentos que a previdência oferece, não seria preciso pagar o Imposto de Renda que incide sobre os resgates do produto.
Outro detalhe apontado pela especialista é que, aqueles iniciarem suas aplicações em previdência, precisam saber em qual perfil de investidor se encaixam, quanto tempo terão para contribuir, verificar o modelo de imposto de renda que possuem, comparar gestões e condições de mercado e assim escolher a que melhor se adapte a situação particular.
“O melhor momento para fazer uma previdência é quando uma criança nasce, mesmo que a contribuição seja mínima e vá crescendo conforme os anos passem e a responsabilidade pelo depósito seja passada para o beneficiado, o principal é saber que, quanto antes se fizer um plano de previdência melhor, assim os juros compostos trabalham a seu favor por mais tempo”, conclui Maristela.
Fonte: Infomoney