Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 28/06/2012
Estudo busca melhores formas de utilizar recursos públicos em oncologia
Documento tem a meta de fazer uma análise do custo-benefício dos novos tratamentos existentes para câncer da intestino
O oncologista André Sasse, coordenador do Centro de Evidências em Oncologia da Unicamp (Cevon) e do Instituto do Radium realizou um estudo que avalia o custo-benefício dos novos tratamentos existentes para câncer da intestino, e busca uma maneira mais eficiente de utilizar recursos públicos e ao mesmo tempo proporcionar acesso às novas tecnologias aos pacientes tratados no sistema público de saúde.
O estudo mostra em uma primeira etapa um tratamento de câncer de intestino onde nenhuma terapia-alvo foi custo efetiva, e o mais indicado seria apenas a quimioterapia. Em um outro momento avaliando pacientes que já receberam pelo menos duas linhas de tratamento com quimioterapia os resultados mostram que o uso do cetuximabe é o mais indicado em relação ao custo e eficácia no tratamento do que o panitumumabe.
Os dados devem ser apresentados para a Secretaria Estadual de Saúde do Estado de São Paulo, para indicar a aplicação mais racional dos recursos, já que a SES fornece os medicamentos para esse tipo de câncer.
Em conjunto, os autores sugerem que no sistema público seria mais interessante iniciar o tratamento com quimioterapia apenas, sem as drogas-alvo, nos casos de câncer em primeira e segunda linhas.
O estudo mostra ainda que somente na chamada terceira linha (que seria a terceira fase) entrar com o uso de um anticorpo monoclonal – o cetuximabe. E resslta que quando o paciente consegue acesso aos novos medicamentos no sistema público de saúde, muitas vezes a quimioterapia tradicional e as terapias-alvo são aplicadas ao mesmo tempo, o que aumenta substancialmente os custos e não traz benefícios significativos ao paciente. Em alguns casos, inclusive, pode até ser prejudicial, aumentando efeitos colaterais e diminuindo as chances de controle da doença.
Fonte: saudeweb