Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 19/05/2011
Especialistas explicam principais mudanças da menarca e menopausa
Alterações hormonais no início e no fim da vida fértil de uma mulher levam à menarca e à menopausa. A primeira ovulação costuma ocorrer entre os 9 e 16 anos de idade e causar uma série de mudanças físicas e comportamentais.
Transformações também acontecem no término do ciclo menstrual, quando o corpo feminino perde a capacidade de gerar filhos. Mulheres obesas tendem a passar por isso mais tarde que outras, e as fumantes costumam enfrentar a situação precocemente.
Para aprofundar as causas e circunstâncias dessas duas fases extremas da vida de uma mulher, estiveram no estúdio do Bem Estar desta quarta-feira (18) o ginecologista José Bento e o endocrinologista Antônio Roberto Chacra.
E não é apenas o sexo feminino que sofre as consequências da ebulição ou do arrefecimento hormonal. Os homens ao redor delas também sentem na pele as modificações do humor, da aparência e da mente. Manter o peso, diminuir a ingestão de calorias, fazer atividade física e usar vestidos de manga mais comprida são algumas dicas do dr. Chacra para esse momento.
A repórter Marina Araújo foi ver de perto como vivem a jornalista Gloriete Gasparetto e o designer Nelson Lieff, em Mairiporã, região metropolitana de São Paulo. O casal passou junto pela menopausa de Gloriete, que há três anos se sentia irritada, tensa e triste. Às vezes, ela chorava à toa. O marido contou que aprendeu a não discutir com os hormônios, porque eles são irracionais.
Marina Araújo visitou, ainda, a casa da aposentada Dagmar Ferrari, onde também moram a filha dela - a comerciante Luciana Ferrari - e as três netas - Vanessa, Vitória e Valentina.
De geração em geração, o comportamento se repete quando o organismo se prepara para a primeira grande mudança: Vitória ficou “mocinha” com a mesma idade da mãe, aos 11 anos.
Nesse período, em que biologicamente a menina vira mulher, leva-se um tempo para se acostumar com a ideia. E ninguém gosta de receber “parabéns” ou falar muito sobre o assunto.
Segundo José Bento, é importante marcar no calendário a data da menstruação e quais sintomas foram percebidos na tensão pré-menstrual (TPM). Isso ajuda o médico a indicar o melhor tratamento, pois a TPM inclui mais de 120 sinais diferentes.
Ele disse, ainda, que as mulheres nascem com cerca de 1 milhão de óvulos, que baixam para 400 mil na fase de menarca. Aos 30 anos, já são 10% do total e, aos 35, apenas 1%. Após essa idade, a mulher é considerada, pela natureza, velha para engravidar. A longo prazo, o fato de não gerar filhos pode provocar doenças como câncer de mama, endometriose e miomas (tumores benignos) no útero.
Em uma menstruação normal, perde-se cerca de 60 ml de sangue, durante três a cinco dias.
É um problema que ocorre quando a mulher sangra também para dentro do abdômen. Uma camada que sai pelo colo do útero e vai para a vagina acaba caindo na barriga por meio das trompas. Caracteriza-se por cólicas, piora a cada mês e atinge de 15% a 20% das mulheres.
O sistema imunológico é responsável por limpar esse sangue e, quando isso não acontece, surge a endometriose. Por esse motivo, muitas ficam inchadas. Anticoncepcionais e dispositivos intrauterinos (DIU) podem ser usados no tratamento. As pílulas também protegem contra miomas, cistos, infecções e câncer de mama.
Fonte: g1.globo.com/bemestar | 19.05.11