Publicado por Redação em Notícias Gerais - 03/10/2012
Especialista lista 5 itens para encontrar a felicidade profissional
A maioria das pessoas trabalha oito horas por dia, cinco dias por semana, quatro semanas por mês, onze meses por ano durante quarenta anos. Trabalhando todo esse tempo, é impossível encontrar satisfação pessoal se não conseguir achar felicidade no ambiente de trabalho, diz o professor de estratégia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Luiz Eduardo Machado. Segundo ele, há cinco critérios que devem ser considerados na hora de escolher um novo emprego. "Quem aprende a escolher bem o local onde trabalha, vai ser mais feliz em todos os setores da vida", diz. Esses critérios devem ser avaliados em uma escala de zero a 100. Caso a nota atribuída a algum deles seja zero, melhor procurar outro local de trabalho. "O desafio é maximizar todos os critérios, mas com certeza nenhum emprego do mundo vai garantir uma nota 100 em todos os quesitos", afirma. Confira os critérios que, segundo o professor, garantem felicidade na carreira:
Fazer o que gosta
"Desista do argumento simplista de que bom trabalho tem relação apenas com o quanto se ganha", diz Machado. O professor afirma que, para conseguir se realizar na profissão é preciso, antes de tudo, fazer o que se gosta. Apenas trabalhando em uma área que o motiva será possível ter grande dedicação e, consequentemente, se destacar. "Ninguém consegue fazer coisas que odeia e ser extraordinário nisso. As pessoas infelizes não gostam do que fazem, e é preciso encaixar o trabalho naquilo que te dê prazer", diz.
Usar a sua aptidão
Conforme o professor, todas as pessoas têm alguma aptidão, um dom ou um pacote de habilidades naturais que vão auxiliar no trabalho que escolher e fazê-lo se sobressair. "As pessoas que usam os seus dons e os encaixam nas suas tarefas têm mais chance de serem felizes. Todos nós sabemos de alguma coisa naturalmente, mas deixamos essa habilidade de lado. Mas isso é indispensável para ser feliz na profissão", comenta.
Para Machado, sem talento, não há esforço que faça uma pessoa se destacar na área em que trabalha. Isso não quer dizer, porém, que o esforço não importa. "Em todo caso é preciso se esforçar para se sobressair, mas quem não tem talento será apenas mediano, enquanto quem tem, será extraordinário. Identifique seu talento e sua aptidão e aposte em empregos que valorizam isso."
Ganhar bem
Não adianta fazer o que gosta, o que tem aptidão, se não conseguir ganhar dinheiro com isso. A remuneração tem que ser boa, em sintonia com o mercado. "Não há cabeça que resista a uma vida de miséria. É preciso ganhar dinheiro", diz Machado.
Ter um plano de carreira
Trabalhar em uma empresa que não permite crescimento também não é bom para a satisfação profissional. Quando não há desafio, não há aprendizado e é tudo rotina. "O ser humano não consegue ficar muito tempo esvaziado. Cuidado com as promessas de emprego que não trazem desenvolvimento", afirma Machado. "Tomar o caminho de uma empresa que não dá perspectiva de crescimento é um problema. Nem todo o dinheiro do mundo é suficiente para uma rotina de chatice e falta de desafios", completa.
Ter relacionamentos saudáveis
Quando o profissional atinge a maturidade, ele precisa saber que o legado que deixou foi importante, que os sacrifícios que fez não foram em vão e que tocou a vida de outras pessoas. Ou seja, os relacionamentos que construiu em sua vida foram saudáveis e deixaram frutos. "Escolha um trabalho que não destrua sua saúde nem os seus relacionamentos. Sucesso é ser relevante e ter deixado um legado, saber que causou impacto na vida de outras pessoas", conclui o professor.
Fonte: Terra|03.10.12