Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 23/03/2011

Especialista explica os tipos de cirurgia bariátrica oferecidos pelo SUS

A série sobre obesidade e cirurgia de redução de estômago do Bem Estar, que foi ao ar pela primeira vez na semana passada, mostrou nesta quarta-feira (23) a segunda etapa da história do advogado Alexandre Berthe: a aprovação do procedimento bariátrico pelo convênio médico.

Para falar sobre excesso de peso e operações como essa, estiveram no estúdio o gastroenterologista Arthur Garrido, especialista em obesidade, e o endocrinologista Alfredo Halpern, que também é consultor do programa.

Foram meses de ansiedade para saber se Alexandre poderia ou não fazer a cirurgia que pode transformá-lo em uma pessoa mais magra e saudável. Ele sabia que a qualidade de vida de quem passa por esse processo melhora na maioria dos casos – por isso, não teve medo.

Os dias de comer por um time de futebol e usar calçadeira para pôr os sapatos – e ainda assim sentir suador e falta de ar - estão contados. Pela internet, o advogado desabafou e também filosofou: “Agora enfrentarei os desafios de ser magro e, com o passar dos anos, terei experiência suficiente para decidir o que quero ser”.

No entanto, o maior sacrifício, segundo Alexandre, será sair da sala de operação com a mente de gordo em um corpo prestes a emagrecer. E a alimentação mudará radicalmente: inicialmente, o refrigerante e os pães, adorados por ele, vão dar lugar a 20 ml de água a cada 15 minutos – o que equivale a cerca de 3 horas para ingerir o conteúdo de um copo.

Durante o programa, Garrido explicou os principais tipos de cirurgia de redução de estômago feitos no Brasil, que provocam uma longa fila de espera no Sistema Único de Saúde (SUS). Já Halpern falou sobre como age a grelina, o "hormônio da fome".

Nas ruas, a repórter Marina Araújo conheceu a história do consultor de informática Sandro Davys, que perdeu 40 quilos após a cirurgia de redução de estômago - hoje está com 124.  Ele contou que aprendeu a mastigar e a comer mais devagar, além de não consumir mais frituras e adquirir uma maior consciência sobre o próprio corpo.

SUS

Os 18 estados que atualmente têm habilitação para fazer a cirurgia bariátrica pelo SUS são: Pará, Tocantins, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, além do Distrito Federal.

O número de cirurgias de redução de estômago feitas no SUS mais que dobrou (150%) entre 2003 e 2010, passando de 1.778 para 4.437. As Secretarias Estaduais da Saúde são responsáveis por monitorar a lista de pacientes que, por indicação médica, farão a cirurgia.

Em 2009, o investimento nesse procedimento chegou a R$ 20 milhões, um aumento de quase 30% em relação a 2007. Atualmente, 73 unidades de saúde no país estão habilitadas a realizar a operação pelo SUS. Dois anos antes da operação, o paciente deve passar por uma avaliaçãoclínica e cirúrgica e um acompanhamento com equipe multidisciplinar.

Nesse período, ele é submetido a uma dieta e, se os resultados não forem positivos, o procedimento é recomendado.

A indicação é feita quando o índice de massa corporal (IMC, ou seja, a razão entre o peso e a altura ao quadrado) é maior de 40 em pessoas com mais de 18 anos. Ela também pode ser realizada em pacientes que estiverem entre 35 e 40 e apresentarem diabetes, hipertensão, apneia do sono ou hérnia de disco, entre outras doenças.

Peso normal: IMC de18,5 a 24,9
Sobrepeso: de 25 a 29,9
Obesidade moderada: de 30 a 34,9
Obesidade grave: de 35 a 39,9
Obesidade mórbida: acima de 40

Curiosidades do estômago

O estômago é um órgão elástico, de 20 cm de comprimento e 10 cm de largura, cujos músculos são capazes de fazê-lo contrair e relaxar. Nele cabe de 1 a 1,5 litro de comida, volume que é igual para todas as pessoas, gordas ou magras.

Após uma cirurgia, o volume pode ser reduzido a apenas 20 ou 30 ml, metade de uma xícara de cafezinho. A digestão pode precisar de até 4 horas para o estômago esvaziar e, nesse período, é produzido cerca de1,5 litro de suco gástrico.

Dengue

Além de Garrido e Halpern, o infectologista Paulo Olzon esteve no Bem Estar desta quarta para falar sobre o aumento dos casos de dengue no Rio de Janeiro.

Em menos de três meses, o número de notificações da doença na capital já é maior que o total dos anos de 2010 e 2009 juntos.

Desde janeiro, já foram registradas 20.150 ocorrências no estado e 8.315 na cidade - contra 5.843 na cidade nos dois anos anteriores. Catorze pessoas morreram, 5 na capital.

Fonte: g1.globo.com/bemestar | 23.03.11


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