Publicado por Redação em Notícias Gerais - 18/08/2011
Enem custa ao governo R$ 45 por participante
SÃO PAULO - O governo investirá R$ 238,5 milhões na realização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano, ou seja, os gastos serão de R$ 45 por cada um dos 5,3 milhões de inscritos.
Segundo dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educionais Anísio Teixeira), dilvulgados na quarta-feira (17), o investimento cobre o contrato firmado com a Fundação Universidade de Brasília/CESPE, líder do consórcio que conta com a Cesgranrio, no valor de R$ 372 milhões, correspondentes à avaliação de 10,2 milhões de estudantes.
Além disso, há o dispêndio com Correios, de R$ 4,11 por candidato, gastos com gráfica, de R$ 6,80 por candidato, e o repasse de R$ 8 milhões para as secretarias de segurança dos estados e para as Forças Armadas, que serão responsáveis pela segurança da prova.
"O Enem deste ano terá um processo mais avançado do que as provas anteriores. O Inep constituiu um grupo de operações logísticas para garantir a segurança em cada etapa do exame, desde a impressão até a aplicação. Mais de 400 mil pessoas trabalharão no Enem 2011", afirmou a presidente do Inep, Malvina Tuttman.
Vale lembrar que a inscrição para o Enem deste ano custou R$ 35 para os estudantes. A prova deste ano será realizada nos dias 22 e 23 de outubro.
Mudanças no exame
Por conta dos sérios problemas ocorridos nas últimas versões do exame, a edição 2011 terá algumas modificações quanto à logística. Em primeiro lugar, o processo de impressão terá um novo dispositivo eletrônico instalado, com o objetivo de detectar possíveis erros de impressão, impedindo que provas com defeitos sejam entregues aos alunos.
Na versão de 2010, problemas nos cadernos amarelos e nas folhas de respostas prejudicaram milhares de estudantes, que tiveram de refazer as provas. À época, 21 mil cadernos apresentaram erros de montagem.
A gráfica responsável esclareceu que o erro ocorreu porque a metodologia de controle de qualidade do material foi feita por amostragem, já que o conteúdo do Enem é sigiloso e sua manipulação deveria ser mínima, para que não ocorresse vazamento de informações.
Agora, com as modificações de cunho tecnológico, espera-se que o erro não se repita. Uma máquina irá conferir se as provas estão montadas da forma correta ou se há erro no padrão de impressão.
Fonte: web.infomoney.com.br | 18.08.11