Publicado por Redação em Notícias Gerais - 21/09/2011
Em sessão tensa, dólar alcança R$ 1,83 mas Bovespa mantém alta
A apreensão dos participantes do mercado com a economia mundial já pressiona o dólar comercial para novos patamares recordes neste ano: às 11h34 (hora de Brasília), a divisa americana era negociada por R$ 1,839, em forte alta de 2,79% sobre a cotação do fechamento de ontem.
Já a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sobe 1,10% e atinge os 57.000 pontos, pela referência do índice acionário Ibovespa. O giro financeiro é de R$ 1,54 bilhão.
O mercado brasileiro de ações é favorecido pela procura de vários investidores por papéis de empresas que se beneficiam do dólar mais caro, a exemplo de mineradoras e grandes exportadoras em geral. A ação preferencial da Vale, o ativo mais procurado da Bolsa, tem valorização de 0,36%.
As Bolsas americanas começaram os negócios há pouco tempo e operam no campo negativo. O índice Dow Jones tem leve baixa de 0,07%, enquanto o S&P500, que abrange um número mais vasto de ações, tem queda de 0,26%.
No velho continente, as principais Bolsas apuram perdas entre 1% (Londres) e 1,1% (Paris).
EUA, EUROPA E JUROS NO BRASIL
Investidores e analistas aguardam o desfecho da reunião do Federal Reserve (banco central dos EUA), que pode anunciar hoje, após as 15h, novas medidas para estimular a maior economia mundial. A reação dos mercados a essa nova rodada de medidas vai determinar em grande parte o rumo dos negócios no restante do dia.
Já no velho continente, prosseguem as negociações entre as autoridades europeias e o governo grego, de modo a evitar que o país mediterrâneo seja forçado a anunciar um 'default' (suspensão de pagamentos). Atenas pode revelar hoje um conjunto de medidas de austeridade fiscal, uma exigências dos grandes organismos internacionais para liberar novos recursos financeiros.
No front doméstico, ganha destaque a indicação de que novas quedas dos juros no Brasil devem ocorrer caso a situação internacional se deteriore.
No boletim "Economia Brasileira em Perspectiva", divulgado hoje, o Ministério da Fazenda afirma que "se houver uma piora da crise global, o Banco Central do Brasil pode agir com uma política monetária expansiva, em resposta a um possível desaquecimento da economia".
Fonte: www1.folha.uol.com.br | 21.09.11