Publicado por Redação em Notícias Gerais - 24/08/2011
Em sessão de cautela, preço do petróleo fecha em baixa
Os preços do petróleo terminaram em leve queda nesta quarta-feira em Nova York, com investidores demonstrando cautela em relação à demanda.
Isso mesmo diante de um inesperado anúncio de redução das reservas da commodity nos Estados Unidos.
Na Bolsa de Nova York, o barril de West Texas Intermediate (designação para o "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em outubro terminou o dia cotado a US$ 85,16, indicando recuo de US$ 0,28 centavos em relação à terça-feira (22/8) e devolvendo parte dos ganhos obtidos nesta semana.
No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do mar do Norte com igual vencimento ganhou US$ 0,84 centavos, fechando o dia cotado a US$ 110,15.
Em leve alta na abertura, os preços do WTI ficaram estáveis na maior parte do pregão, passando ao vermelho apenas nos últimos minutos das operações.
Segundo especialistas, o mercado começa a demonstrar insegurança à medida em que se aproxima o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, previsto para sexta-feira (26/8).
"O mercado provavelmente continuará inseguro até o discurso de sexta-feira", disse Matt Smith, da Summit Energy.
O discurso de Bernanke será realizado durante uma conferência organizada em Jackson Hole (Wyoming, oeste de EUA). O evento tem sido muito esperado devido aos últimos acontecimentos que abalaram o mercado financeiro, como a redução da nota da dívida americana pela agência classificadora Standard and Poor's, no início do mês, que trouxe forte turbulência para os mercados mundiais. Além disso, alguns indicadores econômicos recentes indicaram uma desaceleração do crescimento nos Estados Unidos, que é o maior consumidor de petróleo do mundo.
Por isso, alguns analistas creem que Bernanke anunciará medidas de reativação da economia americana pelo banco central.
Segundo o governo americano, as reservas de petróleo diminuíram em 2,2 milhões de barris na semana passada, mas, segundo especialistas, o fenômeno deveu-se a uma baixa das importações, enquanto que os estoques de gasolina aumentaram devido à redução da demanda.
Fonte: www.brasileconomico.com.br | 24.08.11