Publicado por Redação em Previdência Corporate - 27/01/2011

Em dia de agenda intensa e instabilidade, bolsas dos EUA passam a subir

SÃO PAULO - Os principais índices acionários dos EUA operam em leve alta nesta quinta-feira (27), com mercado olhando em diversas direções após a redução da nota de risco para a dívida do Japão, do fim da reunião do Fomc, bem como da divulgação de indicadores e da continuidade da intensa agenda de resultados corporativos.

Indicadores do dia
O número de pedidos de auxílio-desemprego reportados nos EUA na última semana veio pior do que as expectativas do mercado.O Initial Claims registrou um total de 454 mil novos pedidos na semana até 22 de janeiro, pior do que os 410 mil esperado pelos analistas.

O indicador também foi pior do que o número registrado na semana anterior, quando ocorreram 403 mil solicitações, conforme os dados revisados.

Já o Durable Goods Orders apontou baixa de 2,5% no referido mês, número pior que o previsto por analistas, que estimavam alta de 1,5%. Os dados de novembro foram revisados para uma queda de 0,1%. O indicador é responsável por medir mensalmente os pedidos e entregas de bens duráveis feitos à indústria norte-americana.

Ademais, o número de contratos de compra e venda de casas nos EUA apresentou alta de 2,0% em novembro, informou a NAR (Associação Nacional de Corretores de Imóveis dos Estados Unidos). O resultado do período foi acima das expectativas, que apontavam queda de 0,5%

S&P corta rating japonês
A Standard & Poor's cortou a nota para a dívida soberana de longo prazo do Japão de "AA" para "AA-". Fazendo coro às dúvidas sobre a sustentação das políticas fiscais empregadas por países desenvolvidos, os analistas Takahira Ogawa e Elena Okorotchenko ressaltaram que a "S&P espera que o déficit fiscal do Japão permaneça elevado nos próximos anos, o que deverá reduzir a já frágil flexibilidade fiscal do governo".

Mercado segue repercutindo Fomc
A primeira reunião do Fomc (Federal Open Market Committee) em 2011 terminou sem novidades sobre a política monetária norte-americana – com a manutenção da taxa básica de juro entre 0 e 0,25% ao ano.

O Fed também atendeu às expectativas e não anunciou mudanças em seu programa de compra de títulos. Em relação à avaliação da economia, o país segue em recuperação, ainda que em ritmo insuficiente para reduzir a taxa de desemprego.

Agenda de resultados
A sessão é marcada por diversos resultados de peso, como o da AT&T que, parece ter decepcionado analistas ao reportar vendas abaixo do projeto no quarto trimestre, que totalizaram US$ 31,4 bilhões, não atingindo os US$ 31,5 bilhões esperados.No período, a empresa obteve lucro líquido de US$ 2,7 bilhões, e na sessão, suas ações recuam 2,61%.

Outra empresa a ver suas ações em forte na sessão é a Procter & Gamble, com papéis desvalorizando-se 2,72%, após a companhia também ter decepcionado o mercado ao anunciar sua receita nos últimos meses de 2010, com US$ 21,35 bilhões - valor abaixo dos US$ 21,57 bilhões esperados.

Ademais, a empresa registrou lucro líquido de US$ 3,33 bilhões, ou US$ 1,11 por ação, não superando os US$ 4,66 bilhões observados no mesmo período de 2009.

No caminho inverso, a Caterpillar opera em alta de 0,18%, após superar as estimavas acerca de sua performance nos últimos meses de 2010, quando registrou lucro por ação de US$ 1,47, indo além dos US$ 1,28 esperados.

As ações da Lockheed Martin por sua vez valorizam-se 2,27% após a fabricante do setor aeroespacial também ter reportado desempenho que acima do esperado pelo consenso de mercado. No último trimestre a empresa registrou lucro líquido de US$ 829 milhões, obtidos após receita de US$ 12,8 bilhões.

Números após o fim do pregão
O mercado ainda aguarda com ansiedade para o final do pregão a divulgação dos números trimestrais da Microsoft, que segundo estimativas de analistas, deve apontar lucro por ação de US$ 0,68. Em meio à expectativa, os papéis da empresa de Bill Gates avançam 0,31% no momento, negociados a US$ 28,87.

Também após o fechamento a Amazon.com irá anunciar seu desempenho no mesmo período, que segundo previsões, deve apontar para lucro por ação na casa dos US$ 0,88 e superar os US$ 0,85 registrados no mesmo período de 2009.

Os investidores parecem otimistas com os números que virão e os ativos da companhia segue em forte alta no momento, de 3,43%, cotados a US$ 181,41.

Fonte: web.infomoney.com.br | 27.01.11


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