Publicado por Redação em Previdência Corporate - 12/07/2011
Educação financeira pode ser a solução para evitar a inadimplência
SÃO PAULO – O crescimento da inadimplência do consumidor em 22,3% no semestre, o maior aumento em nove anos, mostra que o consumidor brasileiro precisa aprender a controlar os impulsos da compra. Já quando a inadimplência ocorre, o devedor precisa saber negociar sua dívida, para reduzir ao máximo os juros e as multas.
De acordo com o educador financeiro e autor do livro Livre-se das Dívidas, Reinaldo Domingos, a educação financeira é a base do bom relacionamento do consumidor com as contas. “O consumidor também deve ter em mente que é hora de combater as causas das dívidas e não o efeito, e isso só se faz com educação financeira”, explica.
Visão geral
De acordo com o educador, as recentes pesquisas sobre comportamento dos consumidores e inadimplência têm mostrado que a população precisa de orientação para lidar com as finanças pessoais. “Muito se fala em sustentabilidade, consumo consciente, responsabilidade social. Embora venha sendo atribuído a esses conceitos uma dimensão muito mais complexa, na essência, eles estão embuídos do sentido de cuidar para assegurar uma condição melhor para se viver. Então, ensinar as pessoas a administrarem seus próprios recursos contribui para que elas tomem consciência de que é necessário cuidar bem do que se tem para viver melhor agora e no futuro”, explica.
Em 2011, a renda do brasileiro ficou mais comprometida com o pagamento de dívidas, atingindo 25,8% em fevereiro, nível mais alto da série do Banco Central, iniciada em julho de 2006.
Outro dado apresentado por Domingos foi que a inadimplência do consumidor que frequenta shoppings cresceu 3% no primeiro trimestre de 2011, se comparada a do mesmo período de 2010, de acordo com a Alshop (Associação dos Lojistas de Shoppings).
Dicas de consumo consciente
Para que o consumidor compre apenas o que realmente está precisando naquele momento, o educador mostra algumas perguntas que o ele precisa se fazer antes de efetivar qualquer compra. São elas:
Eu realmente preciso desse produto?
- O que ele vai trazer de benefício para a minha vida?
- Se eu não comprar isso hoje, o que acontecerá?
- Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência ou baixa autoestima?
- Estou comprando por mim ou influenciado por outra pessoa ou por propaganda sedutora?
- Se, mesmo ao responder esse questionário, a pessoa concluir que realmente precisa do item, Domingos aconselha que ela faça outras perguntas, por cautela:
De quanto eu disponho efetivamente para gastar?
- Tenho o dinheiro para comprar à vista?
- Precisarei comprar a prazo e pagar juros?
- Tenho o valor referente a uma parcela, mas o terei daqui a três, seis ou 12 meses?
- Preciso do modelo mais sofisticado ou um básico, mais em conta, atenderia perfeitamente à minha necessidade?
Fonte: web.infomoney.com.br | 12.07.11