Publicado por Redação em Notícias Gerais - 31/07/2012

Economia do país para pagar juros da dívida cai 16% e chega a R$ 65 bi no 1º semestre

O Brasil conseguiu economizar R$ 65,659 bilhões no primeiro semestre deste ano para pagamento dos juros da dívida, o chamado superavit primário. O resultado é 16% menor que o registrado em igual período do ano passado: R$ 78,19 bilhões.

Os dados relativos ao setor público consolidado --governos federal, estaduais e municipais, mais empresas estatais-- foram divulgados nesta terça-feira (31) pelo Banco Central.

Só no mês de junho, o esforço fiscal do país chegou a R$ 2,794 bilhões. O resultado é muito menor do que o registrado em junho de 2011: R$ 13,37 bilhões.

Em 12 meses encerrados em junho, o resultado ficou em R$ 116,18 bilhões, o que representa 2,71% de tudo o que o país produz --Produto Interno Bruto (PIB). A meta para este ano é R$ 139,8 bilhões.

Resultado não foi suficiente pra cobrir juros da dívida

O esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros que incidem sobre a dívida. Esses juros chegaram a R$ 16,119 bilhões, em junho, e acumularam R$ 111,027 bilhões, no primeiro semestre deste ano, ante R$ 119,748 bilhões de igual período de 2011.

Com isso, o déficit nominal, formado pelo resultado primário e as despesas com juros, ficou em R$ 13,325 bilhões, no mês passado, e em R$ 45,368 bilhões, de janeiro a junho.

Governo federal, governos regionais e estatais no 1º semestre

Nos seis primeiros meses do ano, o governo federal --considerando Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social-- registrou superavit primário de R$ 48,062 bilhões.

O resultado dos governos regionais (estaduais e municipais) ficou em R$ 16,869 bilhões.

O resultado das empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, ficou em R$ 728 milhões.

Governo federal, governos regionais e estatais em junho

Somente em junho, o superavit primário do governo --considerando Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social-- foi R$ 2,019 bilhões.

Os governos regionais registraram deficit primário de R$ 333 milhões. O resultado negativo veio dos governos municipais (R$ 391 milhões) e os governos estaduais registraram superavit primário de apenas R$ 59 milhões.

As empresas estatais tiveram superavit de R$ 1,108 bilhão.

BC e Tesouro usam metodologias diferentes

Nesta terça (31), o Tesouro Nacional também divulgou indicadores fiscais. Pelos cálculos do Tesouro, o superavit primário do Governo Central ficou em R$ 1,272 bilhão em junho, e em R$ 55,593 bilhões, no primeiro semestre.

O BC e o Tesouro Nacional utilizam metodologias diferentes. Pelos critérios do Tesouro Nacional, o superavit primário é calculado com base nas receitas e nos recursos executados do Orçamento. Esse método é importante porque possibilita o melhor acompanhamento da execução orçamentária e o controle das despesas.

A metodologia do BC, por sua vez, registra o esforço fiscal com base na variação do endividamento da União, dos estados, dos municípios e das estatais. Segundo o BC, esse tipo de cálculo permite destacar as fontes de financiamento do setor público.

A diferença nos resultados dos cálculos do Tesouro Nacional e do BC costuma ocorrer devido a defasagens nos dados usados nos cálculos.

(Com informações da Agência Brasil)


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Mercado prevê tímida redução de juros em 2013

Analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) apostam numa tímida redução da taxa básica de juros, a Selic, em 2013.

Notícias Gerais, por Redação

Brasil tem 1º semestre perdido; 2013 será diferente

"O ano que vem vai ser muito diferente". A afirmação de Marcelo Carvalho, economista-chefe do BNP Paribas para a América Latina, resume a expectativa de grande parte do mercado sobre a economia brasileira e mostra que este ano não terá um grande destaque.

Notícias Gerais, por Redação

Planalto quer controle maior de Mantega no Banco do Brasil

A crise no Banco do Brasil levou o governo a concluir que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, precisa ter mais controle sobre a direção do banco e da Previ, fundo de pensão da instituição.

Notícias Gerais, por Redação

Preço da gasolina deve ficar estável em 2012, diz BC

Após pressionar a alta da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2011, a gasolina deve ter o preço estabilizado em 2012, com 0% de variação, segundo previsão do Banco Central.

Notícias Gerais, por Redação

Crise abre oportunidades e Brasil não deve se atemorizar, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (25), em evento no Rio, que a crise europeia "não acaba em um ou dois anos". Segundo ela, porém, a crise abre oportunidades e o Brasil não deve se "atemorizar".

Deixe seu Comentário:

=