Publicado por Redação em Notícias Gerais - 07/11/2011

Dólar sobe pelo quinto dia e alcança R$ 1,75

A taxa de câmbio brasileira ascendeu pelo quinto dia consecutivo, atingindo o valor de R$ 1,752 nas últimas operações do dia, número 0,57% acima da cotação final da semana passada.

Para turistas, o dólar foi vendido por R$ 1,870 (estável) e comprado por R$ 1,680 nas casas de câmbio paulistas.

Profissionais do setor financeiro citam pelo menos dois fatores fundamentais para explicar porque os preços da divisa americana devem se manter acima de R$ 1,70 até o final deste ano, podendo bater até R$ 1,80 nos momentos de maior nervosismo.

No front doméstico, o trimestre final do ano é historicamente marcado por um fluxo de saídas mais expressivo, como já mostraram os números do fluxo cambial divulgados na semana passada (saldo negativo de US$ 4 bilhões), reforçados pelo desempenho da balança comercial do início de novembro (deficit de US$ 543 milhões).

Além disso, a cena externa ainda alimenta a aversão ao risco dos agentes financeiros. Depois do "susto grego" na semana passada, agora é a vez da Itália finalmente ganhar os holofotes como a "bola da vez" dos mercados.

Uma das maiores economias da Europa (e do mundo), a Itália sempre esteve no radar de investidores e analistas devido a sua combinação perigosa de crise econômica e política. Mas a possível renúncia do premier Silvio Berlusconi (já desmentida pelo próprio) reforçou a atenção dispensada pelo setor financeiro.

Enquanto as Bolsas europeias e americanas registram perdas, ainda moderadas, a brasileira Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sobe 0,71%, sendo "poupada" devido à forte procura em cima das "blue-chips" (as ações mais negociadas) Vale e Petrobras, com valorização entre 1,5% e 3%, e que concentram grande parte dos negócios numa sessão morna.

FOCUS

O boletim Focus (Banco Central) mostra que, cada vez mais, as opiniões do mercado vem convergindo para o cenário imagindo pelo Banco Central: menor crescimento econômico e menor pressão inflacionária.

A estimativa de inflação para 2012 recuou de 5,59%, na semana passada, para 5,57% nesta semana. A projeção para o crescimento do PIB deste ano foi rebaixada de 3,29% para 3,20%, enquanto a estimativa para 2012 foi mantida em 3,50%.

JUROS FUTUROS

As taxas projetadas no mercado de juros futuros da BM&F recuaram novamente.

Para abril de 2012, a taxa prevista retrocedeu de 10,65% ao ano para 10,63%. Para julho de 2012, a taxa projetada recuou de 10,38% para 10,34%. E para janeiro de 2013, a taxa prevista passou de 10,22% para 10,16%. Esses números são preliminares e ainda estão sujeitos a ajustes.

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br|07.11.11


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