Publicado por Redação em Notícias Gerais - 31/08/2012

Dólar cai quase 1% e Bolsa sobe 1,72% em agosto

Menor dependência dos resultados financeiros deverá auxiliar o grupo na reação aos impactos da queda da taxa de juros

O Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre apresentou seus resultados financeiros referentes ao primeiro semestre, na última quarta-feira, 29 de agosto. Em algumas vertentes, o grupo apresentou crescimento acima da média de mercado.

Conforme o diretor geral de planejamento e controladoria, Carlos Alberto Landim (foto), os negócios de auto atualmente representam 36% dos negócios, em comparação com o mercado, em que o ramo representa 40% de participação; os de vida possuem 38%, enquanto o mercado tem média de 32%.

O grupo atingiu R$ 5,2 bilhões em prêmios, com participação de mercado de 15,9%. “Crescemos 15,6%, se comparado ao primeiro semestre de 2011 e o mercado, cerca de 12%”, equipara.

A sinistralidade da companhia também se manteve em posição de destaque, quando comparada ao percentual do mercado. No período, foram registrados 53,5% e 54,3%, respectivamente.

Outro resultado positivo comentado por Landim foi as despesas administrativas do conglomerado. “Temos conseguido operar no grupo com um nível de custos administrativos equivalentes à metade do mercado de seguros”.

No período, as despesas administrativas foram de 8,2% sobre o volume de prêmios ganhos versus 16,1% das despesas do mercado. Já o índice combinado foi de 94,3%, sendo que a média de mercado foi de 99,9%.

Sobre os resultados financeiros, Landim explica que a dependência do grupo no primeiro semestre representou 5,8% do volume de prêmios ganhos, enquanto o mercado registrou 12,7%. “Temos uma eficiência de capital melhor, pois operamos com capitais e níveis de solvência que o mercado precisa, mas com uma gestão de patrimônio mais eficiente e voltada para o negócio de seguros”, especifica.

Esse fator auxilia também a reação do grupo aos impactos da queda da taxa de juros no País, já que a menor dependência do resultado financeiro permite que a companhia esteja melhor preparada para essa operação.

Nesse cenário positivo soma-se ainda o destaque atribuído ao segmento de pessoas no grupo. Em comparação ao primeiro semestre de 2011, a área evoluiu 24,7%, em contraste com o crescimento de 13, 7% dos prêmios do setor. “Hoje, ocupamos a primeira posição no ranking de seguros de pessoas, com participação de cerca de 19% de market share e crescemos R$ 403 milhões nos negócios”. Ele complementa que os números desse segmento influenciaram significativamente os resultados do grupo. Na sequência de bons resultados, a área de danos, que engloba todos os negócios de Ramos Elementares, com exceção de auto, evoluiu 19,4%, contra 11% do setor.

Em contrapartida, a atuação de auto obteve um resultado aquém da média apresentada pelo mercado, com 5,1% versus 11%. Isso ocorreu, como justifica Landim, pois após a criação do grupo no ano passado a área foi a primeira focada no processo de integração.

Nesse ínterim, a atuação nos demais ramos foi intensificada, como parte da estratégia de proteção à área de automóvel. A sinistralidade no ramo fechou em 62,7%, em comparação a igual período de 2011, que apresentou 64,2%.

2° semestre de boas perspectivas

Para o presidente do Grupo BB e Mapfre nas áreas de auto, seguros gerais e affinities, Marcos Ferreira (foto), o desempenho do conglomerado nos primeiros seis meses de 2012 foi bastante importante e demonstra a eficiência do modelo de distribuição aplicado pelo grupo.

Entre outras evoluções, ele cita ainda a integração das carteiras do Banco do Brasil e Mapfre Seguros, a junção de backoffice, que envolveu investimento de R$50 milhões, captação de cerca de 500 corretores de seguros, totalizando mais de 15 mil parceiros, contratação de colaboradores, além da implantação de unidade de relacionamento com o cliente em São Carlos, cidade do interior de São Paulo.

Sobre os passos para o segundo semestre, Ferreira adianta que o grupo deve retomar o bom desempenho na carteira de auto. “Temos condições para que o grupo continue acima da média de mercado. Especificamente em auto, que teve desempenho abaixo do mercado, devemos recuperar a posição e fechar o ano crescendo como o mercado crescerá”.

Há ainda oportunidades vislumbradas com as PME’s e com o microsseguro, por conta da expertise adquirida em seguros populares. Conforme o executivo, cerca de 30 produtos do portfólio da companhia têm condições de ser encaixados nesse segmento.

Para ele, o microsseguro também resultará em bons negócios para os corretores de seguros. “O corretor de seguros é altamente capacitado para fazer a distribuição do produto e não ficará fora desse processo”.

Fonte: cqcs


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