Publicado por Redação em Dental - 17/03/2015
Doença gengival pode ter participação na doença de Alzheimer
Nova York – Um novo estudo feito por pesquisadores na Faculdade de Odontologia da NYU mostra que a doença gengival pode aumentar o risco de desenvolver a doença de Alzheimer.
Trata-se da primeira evidência a longo prazo que a doença gengival pode aumentar o risco de disfunção cognitiva associada com a doença de Alzheimer em indivíduos saudáveis e também naqueles que já estão cognitivamente comprometidos.
O estudo foi liderado pela Dra. Angela Kamer, da NYU, que colaborou com uma equipe de pesquisadores da Dinamarca, e expande um estudo de 2008 feito pela Dra. Kamer que “mostrou que pessoas com doença de Alzheimer apresentam nível significativamente mais alto de anticorpos e moléculas inflamatórias associadas com a doença periodontal no plasma em comparação com pessoas saudáveis”.
No novo estudo, pesquisadores analisaram dados sobre a inflamação periodontal e função cognitiva em 152 homens e mulheres dinamarqueses que faziam parte do Estudo de Envelhecimento de Glostrup, reunindo dados médicos, psicológicos e de saúde bucal, no período de 1964-84.
A equipe comparou a função cognitiva dos indivíduos com idades entre 50 e 70 anos, usando o Digit Symbol Test, DST, uma parte da medição padrão do QI adulto que avalia a rapidez com que indivíduos podem ligar uma série de dígitos, como 2, 3, 4 a uma lista correspondente de pares de dígitos-símbolos.
Os pesquisadores observaram que a inflamação periodontal aos 70 anos estava fortemente associada a pontuações mais baixas no DST e que os indivíduos com inflamação periodontal eram nove vezes mais propensos a obter pontuações mais baixas no teste, comparados com aqueles com pouca ou nenhuma inflamação periodontal.
Essa forte associação mostrou-se verdadeira mesmo naqueles indivíduos que apresentavam outros fatores de risco associados às pontuações mais baixas no DST, incluindo obesidade, tabagismo e perda dental não relacionada à inflamação gengival. A forte associação também se mostrou verdadeira nos indivíduos que já apresentavam pontuação baixa no DST aos 50 anos de idade.
“A pesquisa sugere que indivíduos cognitivamente normais com inflamação periodontal apresentam risco aumentado de função cognitiva menor em comparação com os indivíduos cognitivamente normais com pouca ou nenhuma inflamação”, diz Dra. Kamer.
Fonte: colgate.com.br