Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 26/06/2013
Despesas assistenciais entre líderes de planos de saúde batem recorde de R$ 30,5 bi
Levantamento considera dados de 29 operadoras associadas à FenaSaúde
De janeiro a dezembro de 2012, as operadoras de planos e seguros de saúde associadas à Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) gastaram cerca de R$ 30,5 bilhões com despesas assistenciais de seus beneficiários, como consultas, exames, terapias e internações. O valor representa um salto de 18,5% em relação ao ano anterior.
Para o diretor executivo da Federação, José Cechin, a expansão cada vez mais acelerada das despesas do setor é motivo de atenção das operadoras de planos e seguros de saúde. “As margens operacionais são pressionadas pelo constante avanço das despesas assistenciais, que, nos últimos cinco anos, muito mais do que dobraram (133,8%) entre as associadas à Federação. Um crescimento acima do aumento percentual das receitas e muito acima dos índices de inflação da economia. Essas diferenças pressionam cada vez mais as margens das operadoras de planos de saúde, podem impactar na sustentabilidade do setor e terminarão inevitavelmente sendo repassadas aos consumidores”, afirma o diretor.
Cechin explica que parte do crescimento das despesas assistenciais é reflexo do aumento dos custos das internações, provenientes de implantes de dispositivos médicos como Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), muitas vezes utilizados de maneira excessiva, sem comprovação de benefícios.
Beneficiários: Sudeste segue na liderança
Em 2012, as operadoras associadas à FenaSaúde foram responsáveis pela cobertura de 24,2 milhões de beneficiários de planos de assistência médico-hospitalar e odontológica. Em todo o mercado de Saúde Suplementar no país, os planos de saúde alcançaram mais de 66,5 milhões de beneficiários, um crescimento de 4,2% em relação a 2011.
O Sudeste continua líder, com 30 milhões de beneficiários de planos de assistência médica, mas foi no Centro-Oeste onde houve a maior adesão a planos de saúde no último ano. As operadoras locais totalizaram mais de 2,6 milhões de clientes em dezembro de 2012 – um aumento de 8,6% em relação ao ano anterior.
Operadoras no mercado
No último ano, foi registrada redução no número de operadoras de planos de saúde atuantes no mercado: 100 saíram de operação, sendo 77 de assistência médico-hospitalar e 23 exclusivamente odontológicas. Desse total, 20 registros foram cancelados por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O diretor-executivo da FenaSaúde observa que o elevado número de operadoras em regimes de direção técnica e fiscal ou liquidadas extrajudicialmente nos últimos anos, indica uma trajetória de consolidação do setor de Saúde Suplementar, com a permanência das empresas mais sólidas financeiramente no mercado.
“Nos últimos anos, a ANS passou a exigir condições mais rígidas das operadoras atuantes no mercado e das empresas que chegam. A necessidade de constituir reservas financeiras e disponibilizar planos com um rol mínimo de cobertura contribuiu para o aumento de operadoras canceladas e para a redução de empresas com beneficiários. Para a FenaSaúde, esse movimento demonstra a exigência cada vez maior de qualidade na prestação de serviços na Saúde Suplementar, que é defendido pela Federação”.
Fonte: cqcs