Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 28/06/2011

Desenhando os processos de produção a partir do espaço físico

 

Em todo e qualquer Estabelecimento de Saúde, seja um grande hospital ou um consultório, o Espaço Físico é a plataforma onde são produzidos os serviços de atenção à Saúde que são demandados, sendo que em alguns haverá inúmeros postos de trabalho – como em uma área de inalação, – enquanto em uma sala de cirurgia o posto será único, bem como em um consultório.
 
Assim quando calculamos a produção de um determinado espaço devemos considerar o recurso instalado, o tempo do procedimento e o intervalo entre as atividades, sendo este destinado a preparação para o procedimento seguinte ou desativado por razões operacionais.
 
Pela própria diversidade dos serviços a serem produzidos nos inúmeros e diferenciados espaços, seus tempos são variáveis, dado que devem atender aos padrões técnicos e de qualidade, respeitando as peculiaridades clínicas de cada consumidor.
 
A edificação de saúde acolhe em seus espaços “unidades de produção” que compõem o conjunto dos processos de atenção e fornece seus serviços segundo tempos paramétricos, para assim alimentar os cálculos de produção setorial ou de todo complexo.
 
Identifica-se uma variabilidade acentuada de tempos no conjunto de eventos que compõem o fluxo de atenção, sendo que caberá ao gerenciador dos espaços, construir estatisticamente “séries históricas” que lhe informem os tempos despendidos desde a entrada até a saída de um consumidor no setor que o atendeu, acrescidos dos tempos de aguardo e de preparação para movimentação de abandono e direcionamento a outro setor.
 
Realizadas as medições de quantidades dos procedimentos e seus tempos nos compartimentos produtivos, disporá o gestor dos processos assistenciais, de elementos que lhe permitam procurar dar fluidez aos fluxos, por vezes melhorando rotas de circulação que imprimam minimização de tempos e de esforços humanos nos deslocamentos.
 
Os setores de um edifício de saúde têm indicadores de “capacidade instalada”, como quartos de internação com leitos, consultórios, salas cirúrgicas, leitos de cuidados intensivos, e outros tantos recursos, que, no entanto não retratam o quanto produzem!
 
Assim sendo, a capacidade física instalada não expressa a “capacidade operacional” dado que esta reúne as informações que permitirão aos dirigentes planejar e controlar as respostas às demandas por seus serviços.
 
A existência deste documento que informa o total de produções e que deverá ser permanentemente avaliado tem sido por vezes alijada de raciocínios sobre estratégias pretendidas, metas mercadológicas e mesmo melhorias de desempenho, sendo instrumento fundamental para decisões sobre reorganizações físicas internas ou mesmo expansões no complexo existente ou em outros sítios.
 
Os dirigentes necessitam saber e decidir sobre qual a capacidade física e operacional do prédio existente e como adequá-lo ou expandi-lo para novas demandas.
 
Fonte: www.saudeweb.com.br | 28.06.11

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