Publicado por Redação em Notícias Gerais - 06/09/2011
Desembolsos do BNDES caem 5% até julho
Os desembolsos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) caíram 5% nos primeiros sete meses de 2011, frente ao mesmo período de 2010, atingindo R$ 69,4 bilhões.
De janeiro a julho as consultas tiveram uma queda de 23% frente ao mesmo período do ano anterior, somando R$ 103,9 bilhões, e as aprovações de empréstimos recuaram 17% frente ao ano passado.
Segundo o banco, o desempenho dos indicadores reflete a antecipação de investimentos ocorrida no ano passado, que gerou uma grande demanda por recursos do BNDES-PSI, com taxas de juros abaixo das praticadas no mercado. O programa tinha, inicialmente, data de vigência até junho de 2010.
O PSI foi posteriormente prorrogado até dezembro do mesmo ano e, depois, para março de 2011.
No entanto, em todos os períodos que antecederam as prorrogações, cresceram os pedidos de financiamento, uma vez que as empresas concentravam suas solicitações para aproveitar as taxas do programa, mais baixas. Assim, a base de comparação com 2011 ficou elevada. Com o lançamento do Plano Brasil Maior, no início deste mês, a vigência do PSI foi ampliada até o final de 2012.
Segundo o BNDES, a expectativa é de estabilidade nos desembolsos neste ano, apesar da queda nos primeiros sete meses.
Para o banco, os desembolsos deverão atingir, em 2011, o mesmo patamar de 2010, em torno de R$ 146 bilhões (excluindo a operação de capitalização da Petrobras, de R$ 24,8 bilhões, realizada em setembro do ano passado). O desempenho dos últimos 12 meses, encerrados em julho, reforça essa tendência, segundo o BNDES: nesse período, o banco liberou R$ 140,2 bilhões.
SETORES
A área de infraestrutura foi a que mais demandou recursos. Os desembolsos alcançaram R$ 28,8 bilhões no acumulado janeiro/julho, fazendo com que o setor respondesse por 42% do total liberado. A Indústria, com R$ 22 bilhões, teve participação de 32% nas liberações gerais do Banco.
Para a Agropecuária, os desembolsos somaram R$ 5,7 bilhões; e ao setor de Comércio e Serviços foram destinados R$ 12,7 bilhões.
O conjunto das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) manteve a performance observada desde o início do ano.
O BNDES liberou R$ 27,6 bilhões até julho para as MPMEs, ou 40% do total, com 437 mil operações realizadas.
Fonte: www1.folha.uol.com.br | 06.09.11