Publicado por Redação em Previdência Corporate - 22/02/2011
Depois de forte alta, bolsas globais engatam correção ou sustentam viés de alta?
SÃO PAULO - Depois de uma expressiva valorização a partir do segundo semestre de 2010, muitos acreditavam que os mercados mundiais, especialmente o norte-americano, iniciassem este ano realizando parte dos lucros. Mas o ritmo de recuperação da economia dos EUA, comprovado a cada ata do Fed, contrariou as expectativas.
Do fundo nos 9.700 pontos marcado em julho até a última sexta-feira (18), o Dow Jones subiu 27%, já negociando próximo dos 12.400 pontos, patamar visto em junho de 2008. Só em 2011, o índice subiu 7%. Na Europa, DAX 30, da Alemanha, e CAC 40, da bolsa de Paris, acumulam valorização até esta segunda-feira (21) de 6% e 8%, respectivamente.
Entretanto, a forte alta acompanhada no mercado internacional traz certas dúvidas com relação aos pilares que sustentam este movimento, se os patamares vistos atualmente são condizentes aos fundamentos dos países desenvolvidos. De olho em uma possível realização de lucros, Larry Hatheway, do UBS, traça um prognóstico dos mercados globais, e, ao contrário do que se possa imaginar, não vê porque se desfazer das posições em ações.
Overweight em ações
Na visão do economista chefe do banco, os receios crescentes dos investidores quanto uma possível correção devem ser deixados de lado. "Por enquanto não vemos um catalisador imediato para reduzir as posições overweight no mercado de capitais", afirma Hatheway. O forte crescimento, lucros elevados, valuations modestos e poucas alternativas de diversificação são fundamentias para acreditar nesta tese.
Surpresas positivas quanto aos indicadores econômicos foram um importante fator para impulsionar os mercados acionários desde a última metade de 2010. E a capacidade de gerar dados acima do esperado em economias desenvolvidas deve ser o principal foco de atenção para quem deseja investir, afirma o economista chefe, que também pede atenção ao ritmo de inflação e à questão fiscal dos países, principalmente na Europa.
Preferências
Com seu portfólio sem mudanças, o UBS sugere alocações overweight em mercados de ações globais, além de commodities cíclicas e papéis ligados ao setor imobiliário, sem esquecer de empresas com maior rendimento de crédito. Enquanto isso, os ativos indexados à inflação, seja através de Títulos ou contratos, recebem recomendação underweight.
Fonte: web.infomoney.com.br | 22.02.11