Publicado por Redação em Notícias Gerais - 29/07/2011
De olho no front externo, Vale reafirma confiança na China mas teme por Europa e EUA
SÃO PAULO - Sempre de olho no mercado internacional, principalmente na China, o presidente da Vale (VALE3,VALE5) reafirmou nesta sexta-feira (29) sua confiança na manutenção do ritmo forte de crescimento do país asiático nos próximos anos.
Em sua segunda teleconferência de resultados no posto mais alta da empresa, Murilo Ferreira se disse confiante no sucesso da China em sua batalha contra a inflação, uma vez que, segundo ele, o período mais difícil de controle dos preços já é passado e que o momento exige apenas ajustes menos agressivos ao crescimento econômico.
Com isso, o executivo diz ver como remota a possibilidade de ruptura na relação entre oferta e demanda de minério de ferro e, consequentemente, uma eventual desvalorização do produto dentro dos próximos cinco anos.
Europa e EUA
No momento, a preocupação maior da Vale fica por conta da deterioração econômica observada na Europa, que torna difícil de mensurar até que ponto a crise fiscal no velho mundo chegará e qual será o efeito exato sobre a demanda de commodities minerais.
Os EUA também representam um fator de preocupação, porém em um contexto diferenciado do europeu. No caso da maior economia do planeta, dois pontos tem pesado: a solução do impasse do teto da dívida no curtíssimo prazo e o poder de consolidação da recuperação econômica pós-crise de 2008 sob um prisma mais amplo.
Insegurança na África
Ainda passeando pelo cenário internacional, Ferreira fez questão de destacar e comentar os investimentos da Vale em projetos na costa oeste da África, em especial na Guiné.
O executivo buscou minimizar o risco político inerente aos conflitos na região apesar da recente tentativa de assassinato do presidente do país. Segundo ele, o governo brasileiro, inclusive na própria presidente Dilma Rousseff, tem dado todo apoio institucional necessário para garantir a segurança dos investimentos da empresa na Guiné e em toda a região.
Fonte: web.infomoney.com.br | 29.07.11