Publicado por Redação em Notícias Gerais - 25/05/2011
Crescimento Brasileiro se reduz, mas é sólido, diz OCDE
A economia do Brasil crescerá este ano 4,1% e 4,5% no próximo, assegurou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que alerta para tensões inflacionárias e para o déficit orçamentário. No ano passado, o Brasil registrou um crescimento de 7,5%.
"O aumento da inflação representa um risco maior que ameaçaria a credibilidade do Banco Central" e um fator que pode contribuir para isso é a entrada de capitais, indica a organização em seu relatório sobre Perspectivas Econômicas, divulgado nesta quarta-feira em Paris, onde a OCDE celebra seu 50 aniversário. No entanto, uma inversão dos fluxos de capitais "pode ser nefasta para o crescimento", considera a organização.
Os grandes investimentos em infraestrutura permitirão "alimentar um crescimento interno" nos próximos anos, o que pode causar "tensões inflacionárias" em um contexto "marcado por um mercado de trabalho tenso e pela dissipação dos efeitos da valorização da moeda".
Apesar das medidas adotadas pelo Banco Central, a OCDE recomenda "novos aumentos das taxas" para se antecipar à inflação, assim como um "plano de médio prazo para o saneamento orçamentário favorável ao crescimento".
"Favorecer o desenvolvimento dos mercados de capitais a médio prazo permitirá o aumento da capacidade do país em absorver as entradas de capitais e aumentar o potencial de crescimento a longo prazo", recomenda a organização.
Mesmo assim, a organização propõe ao governo "um compromisso para pôr em marcha um plano plurianual que permita que os mercados tenham segurança de que não dará marcha a ré, no futuro, nas medidas adotadas".
A demanda interna deve continuar sustentando o crecsimento econômico, embora possa ser reduzida progressivamente pelo endurecimento da política, e o ambicioso programa de infraestrutura, em particular no setor energético, permanecerá como um pilar sólido da conjuntura econômica, indica a OCDE.
Fonte: www.investimentosenoticias.com.br | 25.05.11