Publicado por Redação em Previdência Corporate - 07/07/2011

Corretora SLW reforça a prateleira com renda fixa

Momento pouco animador na renda variável estimulou criação de plataforma, que conta com dois comitês para análise de produtos.
 
Depois de reforçar a estrutura com uma gestora de recursos, que vem ganhando corpo aos poucos na estrutura do grupo SLW, a corretora agora está diversificando a prateleira e quer mostrar força também em renda fixa.
 
O momento é propício: bolsa andando de lado, investidores pouco animados para aproveitar a baixa dos papéis, ciclo de alta de juro básico e migração para aplicações que protejam patrimônio em períodos de volatilidade.
 
"Como toda corretora, intermediação é nossa especialidade e já tínhamos alguns produtos de renda fixa, mas como uma operação bastante passiva. A SLW sempre foi conhecida e vai continuar como uma grande casa de equity, mas o cliente hoje exige um atendimento de forma mais completa", diz Antonio Milano, presidente da corretora.
 
Para o executivo, o que o investidor quer de uma corretora é inteligência de mercado e isso inclui ter serviços e produtos mais completos, independente do momento de mercado. "No nosso caso, faltava renda fixa que acaba sendo o grosso de ativos líquidos dos clientes", avalia.
 
Para turbinar a área, que contava até então basicamente com operação de títulos públicos, Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e volume limitado de debêntures, a corretora estruturou dois comitês - o primeiro é responsável por identificar oportunidades em renda fixa, levar emissões para análise e validar ou não a entrada da modalidade no portfólio, Tomada essa decisão, explica Milano, passa-se ao comitê de crédito, que avalia a instituição emissora.
 
"Neste comitê, consideramos a solidez do originador e, dependendo do produto, a análise será feita também por emissão", explica.
 
Esse processo de estruturação da área de renda fixa foi iniciado há dois meses, quando a SLW chamou instituições financeiras e originadores de papéis para apresentar portfólios, considerando não só tipo de produto e qualidade, como também taxas. "Com isso feito, pudemos estabelecer as primeiras parcerias e hoje os clientes já enxergam essa plataforma", conta o executivo.
 
Operando, de fato, há cerca de 20 dias, a área tem hoje nove instituições financeiras como parceiras, que distribuem hoje as letras de crédito imobiliário e agrícola (LCI e LCA), CDB, debêntures, títulos públicos e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). A próxima rodada de parceiros, já em curso, é para incluir na prateleira opções de previdência privada.
 
"Em 20 dias, temos R$ 10 milhões nesta plataforma. O objetivo da SLW é chegar a R$ 300 milhões em renda fixa em dois anos", conta Milano. O alvo principal é o investidor que já está na corretora, em fundos ou ações, e passe a acessar também os produtos de renda fixa.
 
Além disso, a SLW quer retomar os contatos de quem já foi cliente e não está mais ativo na corretora, para então buscar novos. Segundo Milano, são 8 mil clientes ativos.
 
Além do reforço na corretora, a SLW também quer expandir a atuação da gestora de recursos. Criada há 10 anos, tem hoje uma família de quatro fundos - multimercado, ações, renda fixa e algorítmos -, que deve ser aumentada com crescimento orgânico e também aquisições.
 
"A SLW está completando 40 anos e fazendo uma reengenharia nas atividades para assegurar os próximos 40", diz Milano, que integrou a equipe há quatro meses, justamente com essa missão, após 15 anos na Fator Corretora.
 
Fonte: www.brasileconomico.com.br | 07.07.11

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