Publicado por Redação em Notícias Gerais - 14/01/2011
Corretor pede a Dilma abertura de bancos oficiais para a categoria
Em uma atitude ousada, o corretor Omario Gonçalves Botelho, de Itamarajú (Bahia) encaminhou sugestão à presidenta Dilma Rousseff, através da ouvidoria do governo, pedindo a abertura das agências dos bancos oficiais para comercialização de propostas de seguros através de corretores profissionais e independentes.
No documento, ele argumenta que a proposta, caso seja aprovada, pode criar “milhares de postos de trabalho”. O corretor cita como exemplo a decisão adotada pelo grupo Bradesco, em 1992, quando o conglomerado resolveu terceirizar sua carteira de seguros – até então administrada pela Bradescor, corretora de seguros do próprio banco - e abrir as portas das suas agências para os corretores de seguros. “Na época essas mudanças causaram grandes repercussões no mercado de seguros”, lembra Botelho, que também é bacharel em Direito.
Em outro trecho, ele assinala que o modelo atual do mercado de seguros foi implantado na época da ditadura, “servindo para atender os anseios de uma minoria”, e precisa ser melhorado para atender a todos brasileiros.
O corretor cita o art. 1º Lei 4.594/64, que regulamentou a profissão do corretor de seguros, o qual estabelece que “o corretor de seguros, seja pessoa física ou jurídica, é o intermediário legalmente autorizado a angariar e a promover contratos de seguro”.
De acordo com ele, essa lei nunca foi comprida por parte dos bancos oficiais: Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco do Nordeste e outros, que “comercializam seguros irregularmente sem a presença do corretor de seguros”.
Para Omario Botelho, os bancos oficiais, além de desrespeitar a legislação vigente, oferecem um péssimo atendimento através de seus funcionários das agências, que não têm a qualificação devida. “Quando acontece um sinistro, sempre se coloca na frente os interesses dos agentes financeiros”, denuncia.
Mais adiante, ele informa à presidenta que o Conselho Nacional de Seguros Privados, através da Susep, objetiva regulamentar a figura do proposto previsto na Lei 4.594/64. Botelho demonstra preocupação com esse fato, pois entende que o mercado “não está preparado para receber esses futuros profissionais”.
Na visão dele, a centralização da produção de seguros realizada pelos bancos oficiais que operam através de uma única corretora de seguros a nível nacional tira a oportunidade dos corretores de seguros, pela qual, poderia estar gerando milhares empregos e ainda contribuindo para o fortalecendo ainda mais o mercado. “As mudanças necessitam primeiramente da vontade política. Todavia, para torná-la realidade, basta um simples ato do Ministério da Fazenda em forma de portaria, colocando as agências dos bancos oficiais à disposições dos profissionais corretores em parceria com as seguradoras responsáveis pela comercialização de seguros nas agências. Em nome de milhares de jovens desempregados, que sonham com uma oportunidade de emprego, nossa classe profissional que há muito tempo vem lutando para tornar realidade, pedir que referidas sugestões acima expostas sejam analisadas por vossa excelência ou por sua equipe de governo, de forma, que venha contribuir para geração de emprego e renda”, conclui o corretor.
Fonte: CQCS | 14.01.11