Publicado por Redação em Dental - 13/08/2013

Coordenação de saúde bucal da SMS alerta para riscos de piercing na boca

Sensibilizar e qualificar os tatuadores e colocadores de piercing, orientando-os quanto aos cuidados necessários. Esse foi o objetivo de uma palestrada dada, hoje à tarde, no auditório da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), pelo coordenador de Saúde Bucal da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), José Guimarães Neto, e pelo cirurgião bucomaxilofacial da SMS, João Paulo Araújo.
 
Os dois cirurgiões dentistas da SMS mostraram os cuidados na prevenção e higienização da boca. Eles explicaram que a colocação de piercing na língua envolve mais riscos, por isso sugeriram aos profissionais que recomendem os clientes  a procurarem o dentista antes de tomar essa decisão.  Normalmente, após a colocação, surgem sangramento, dor e inchaço.
 
"As pessoas têm mania de ficar tocando no local depois que põe o piercing, o que pode prejudicar", disse o cirurgião João Paulo Araújo. Ele lembra que toda vez que se põe um piercing na língua, "o corpo entende que aquilo [o piercing] é estranho, gera um processo infeccioso", frisou João Paulo.
 
O  cirurgião José Guimarães Neto alertou quanto a automedicação e disse que os tatuadores e aqueles que põem piercing não podem  prescrever medicamentos,   tarefa exclusiva dos médicos e dentistas. "O uso de antiinflamatórios é relativo.  Alguns irritam a mucosa. Se um paciente for hipertenso, ele não pode tomar determinados tipos de antiinflamatórios", frisou Neto. Outro cuidado é com as doenças que podem surgir em alguém que decide ter um piercing na língua. Segundo o Instituto Nacional de Saúde,  é possível a transmissão de hepatites B, C, D e G.
 
O piercing, lembrou Neto,  pode ser colocado permanente, caso o paciente não tenha alguma infecção. A pessoa deve tomar alguns cuidados, após a colocação: ter uma dieta com alimentos frios ou gelados por cinco dias, evitar beijos e sexo oral por quatro semanas,  não ficar mexendo com o piercing, não usar álcool, cigarro ou outras drogas no período de cicatrização e evitar cafeína e álcool em grandes quantidades.
 
Fazer um piercing na língua tornou-se muito comum nos últimos anos, a prática começou em meados da década de 1990 e com o tempo realmente deixou de ser um tabu. A verdade é que a maioria das pessoas que furou a língua argumenta que eles o fizeram porque quiseram dar-lhe maior prazer sexual para alguém!
 
Outro fator que leva muitas pessoas a colocarem o adereço é o fato de se sentirem atraídas por pessoas que já o possuem, ou seja, gostam da aparência e da idéia do piercing na língua.
 
Em muitas cidades do mundo antigo, como por exemplo, os astecas e maias, a língua da juventude era perfurada quando eles tornaram-se homens como forma de simbolizar força, pois não temiam a dor ou a morte.
 
Fonte: Prefeitura de Aracaju

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