Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 30/05/2011
Contratos mal explicados geram conflitos entre hospitais e operadoras
A relação entre médicos e operadoras de planos de saúde tem sido assunto de discussão entre os membros do setor. Analisar os problemas existentes entre os profissionais destas áreas foi um dos temas apresentados no XI Congresso Brasileiro de Auditoria em Saúde, da Adh 2011, realizado nesta quinta-feira, (25). Segundo o diretor técnico do hospital Assistencial Bandeirantes, João Antônio Aidar, um dos principais motivos que geram a relação conflituosa entre auditores de hospitais e operadoras é devido às clausulas dos contratos que geram dúvidas.
“Atualmente existem contratos que estão defasados e acabam criando equívocos tanto em hospitais como em operadoras. Esses documentos devem ser elaborados com o máximo de clareza, como se fosse direcionado a um leigo”.
Outro aspecto gerador de conflito está diretamente ligado aos avanços tecnológicos. Aidar explica que os novos recursos encareceram os custos dos procedimentos. “No momento em que os pacientes precisam ser submetidos aos novos tratamentos e não está presente nem no contrato nem na inclusão ou exclusão do pacote, tem se ai uma situação de conflito”.
Além dessas questões também é possível citar problemas relacionados às internações, tratamentos específicos e pagamento de remédios.
De acordo com o diretor técnico, muitas vezes a remuneração que as operadoras oferecem aos medicamentos e materiais usados nos protocolos é inferior à quantidade utilizada. “Um exemplo diz respeito às medicações fracionadas líquidas, onde as operadoras só querem pagar o que foi utilizado em mililitros ou em gotas”.
No entanto, segundo Aidar as falhas no relacionamento entre operadoras e hospitais também ocorrem por equívocos praticados pelos médicos. Na sua opinião, em contrapartida, existem situações em que ocorre preço elevado do medicamento específico. E ressalta que as instituições devem ficar de olho, caso ocorra esse tipo de ação.
Para ele, é preciso que tanto os procedimentos realizados por hospitais como pelas operadoras sejam feitos com o máximo de clareza e detalhamento de informações, para que as situações conflituosas diminuam.
Operadoras
Para falar sobre o ponto de vista das operadoras de planos de saúde, ajudou a compor a mesa e Gerente médica da Amil, Jorgina Costa Magalhães. Segundo Jorgina, é preciso que hospitais e operadoras unam forças para que consigam continuar no mercado.
Em sua explanação, a gerente médica chama atenção para a importância da capacitação de profissionais de auditoria tanto de hospitais como de operadoras como também faz menção às acreditações.
Ela encerra dizendo que o trabalho de auditoria de ambas as partes necessita valorizar o relacionamento entre os parceiros. “Estabelecer cumplicidade e poder de negociação entre os interessados é uma boa alternativa para resolver as divergências entre hospitais e operadoras.”
Fonte: www.saudebusinessweb.com.br | 30.05.11