Publicado por Redação em Notícias Gerais - 27/11/2014

Consumo de tabaco aumenta infecção por HPV

Um estudo publicado em 8 de outubro, na edição do Journal of the American Medical Association, mostrou que a infecção pelo papilomavírus humano do tipo 16 (HPV 16), é mais comum em pessoas que consumiram ou foram expostas recentemente ao tabaco. Os pesquisadores descobriram que mesmo o consumo modesto de tabaco, como três cigarros por dia, está associado à alta prevalência de HPV bucal.

O estudo incluiu 6.887 participantes, inscritos originalmente na Pesquisa de Saúde Nacional e Exame Nutricional, um programa de estudos criado para avaliar a situação nutricional e de saúde dos adultos e crianças nos EUA. Atualmente os usuários de tabaco somaram 28,6% (2.012) dos participantes e 1% (63) estava infectado por HPV 16.

Exames de sangue e urina, assim como enxágue bucal e gargarejo para coletar células da boca e garganta, descobriram que participantes com biomarcadores no sangue e na urina com maior nível de tabaco, que pode ser proveniente de qualquer fonte de tabaco—mesmo fumante passivo - estavam mais propensos a ter DNA de HPV 16 bucal comparado com os que não tiveram nenhuma detecção dos compostos, explicou a professora assistente de otorrinolaringologia – cirurgia de cabeça e pescoço na Escola de Medicina da Universidade de Johns Hopkins, Carole Fakhry, onde o estudo foi conduzido. De acordo com o estudo, a prevalência de HPV 16 bucal foi maior em consumidores de tabaco (2%) do que em ex-consumidores ou os que nunca consumiram (0,6%).

Em adição, uma relação-dose foi encontrada. O equivalente a três cigarros por dia aumenta o risco de HPV 16 em 31%, e o equivalente a 4 cigarros por dia aumenta o risco em 68%.

O HPV 16 é transmitido principalmente através de sexo oral, e atualmente no estudo os consumidores de tabaco tiveram mais parceiros de sexo oral do que os não consumidores. Deste modo, mesmo que o estudo tenha descoberto uma relação independente entre o consumo de tabaco e a infecção por HPV 16, não se pode excluir que quem consumiu mais tabaco pode também ter feito mais sexo oral e, portanto, ter maior risco à infecção.

Fonte: www.apcd.org.br


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