Publicado por Redação em Vida em Grupo - 29/07/2013

Consumidores buscam mais proteção e elevam venda de auxílio funeral

Os números que retratam o desempenho do ramo de pessoas no país, divulgados periodicamente pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) não deixam dúvida quanto ao espetacular crescimento dos produtos de assistência. No último levantamento referente a abril, o auxílio funeral apresentou crescimento de 115,71%, a maior expansão relativa entre os seguros de pessoas na comparação do mesmo período de 2012 para 2013. O percentual foi cinco vezes maior que a média do ramo de pessoas, que registrou 21,77% de crescimento em comparação com abril do ano passado. 
 
Também acima da média, o seguro viagem, que abrange assistência e cobertura para acidentes, extravio ou perda de bagagens, despesas hospitalares e médicas, cresceu 76,41% no primeiro trimestre de 2013, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O comportamento desse segmento é reflexo do maior fluxo de passageiros no país e para destinos internacionais. Segundo o Departamento de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo, o número de viagens internas alcançou 197 milhões em 2012.
 
O bom desempenho do auxílio funeral e do seguro viagem, no entanto, tem pouca influência no mercado segurador brasileiro, já que a participação de ambos é pouco expressiva. O auxílio funeral registrou R$ 26,8 milhões em volume de prêmios em abril, período em que o mercado de seguro de pessoas movimentou R$ 2 bilhões. Já o seguro viagem arrecadou R$ R$ 22,1 milhões no primeiro trimestre. Mas, esses resultados tendem a aumentar muito se forem confirmadas as previsões de especialistas do setor. Eles calculam um movimento atual do mercado de assistência no Brasil da ordem de R$ 1,5 bilhão, com perspectivas de grande desenvolvimento no futuro.
 
Um estudo realizado pelo Centre for Financial Regulation and Inclusion (Cenfri), há dois anos, estimava a existência de algo entre 20 e 25 milhões de brasileiros com auxílio funeral. O número pode ser ainda maior se for somado com os produtos similares vendidos por empresas que não pertencem ao ramo de seguros. O Cenfri estima que cerca de 2 mil funerárias ou cemitérios privados pelo país ofereçam seguro funeral, dos quais não mais de 50 podem ser classificados como grandes, com mais de 200 mil vidas em seus registros.
 
Vale registrar que o mercado de seguros já está se preparando para conquistar esse público, por meio da oferta de microsseguros, principalmente, com cobertura de morte acidental e despesas de funeral, riscos que representam a maior preocupação da classe de menor poder aquisitivo. Atualmente, já existem produtos nessa linha que custam R$ 40 por ano com cobertura de R$ 3 mil, e que oferecem o atrativo do sorteio mensal de no mínimo R$ 20 mil. 
 
Outra iniciativa para conquistar aumentar a massa do seguro e da assistência funeral foi tomada pelo Sindicato das Seguradoras de Santa Catarina (Sindseg-SC), com a produção de folhetos explicativos sobre as diferenças entre os dois produtos. O objetivo da entidade é preparar os corretores do estado para orientarem seus clientes.
 
 
Consumo e segmentação
 
O crescimento expressivo dos produtos auxílio funeral e assistência viagem são resultado da busca da população por mais proteção atrelada a serviços. O primeiro facilitador desse avanço recente está ligado à estabilidade econômica do país, que fez aumentar o nível de consumo, inclusive de seguros, e a ampla oferta de produtos. Para o presidente do CVG-SP, Dilmo Bantim Moreira, a manutenção do controle da inflação abriu novas perspectivas de consumo para os brasileiros, entre elas, de produtos de seguros de riscos pessoais.
 
“Seja a partir da modificação das necessidades dos consumidores ou em consequência de uma nova realidade econômica, o desenvolvimento de produtos deriva da atenção às oportunidades latentes, fazendo com que as seguradoras se orientem de maneira diferenciada e inovadora em um mercado cada vez mais exigente”, analisa.
 
Entre os produtos, ele cita desde os mais comuns, como cesta básica e assistência funeral, até os de concierge, viagem, residencial, descontos em medicamentos, automóvel e segunda opinião médica, e outros mais sofisticados, como o que disponibiliza consultores que identificam e propõem ações corretivas para situações de risco dentro de residências. “O caminho da segmentação de produtos identifica a realidade das necessidades securitárias dos clientes, demonstrando a preocupação da indústria securitária na busca da modernidade, eficiência e eficácia”, afirma.
 
Fonte: Segs

Posts relacionados

Vida em Grupo, por Redação

Prêmio de seguros sobe 22%, para R$ 42,8 bilhões até março

Quando somados apenas os seguros gerais, as receitas do setor totalizaram R$ 35,880 bilhões de janeiro a março, alta de 24%, na mesma base de comparação.

Vida em Grupo, por Redação

Seguros pessoais impulsionam crescimento do setor no Rio Grande do Sul

O setor de seguros no Rio Grande do Sul registrou crescimento de mais de 14% acima da inflação oficial – de 6,2% – em 2012, ante o ano anterior. O crescimento no Estado acompanhou o desempenho dos seguros no país, de 21,3% no ano passado, na comparação com 2011.

Vida em Grupo, por Redação

Paraenses vivem mais e investem em seguros de vida e planos de previdência para garantir futuro

Em Belém, interesse por planos de previdência e seguros de vida cresceu 37% no ano, reflexo das transformações sociais no país.

Deixe seu Comentário:

=