Publicado por Redação em Notícias Gerais - 10/10/2013

Conheça os poucos investimentos de renda fixa que batem a inflação


Os investimentos seguros que superam a inflação são hoje uma raridade. Para encontrar uma forma de aplicar o dinheiro com baixo risco e um retorno que não seja corroído pela inflação é preciso garimpar.

Foi isso que fez o blog Achados Econômicos e constatou que, entre dez tipos de investimento em renda fixa acessíveis às pessoas físicas, apenas três apresentaram ganhos reais acima da inflação nos últimos 12 meses, conforme mostra o gráfico abaixo.

 


As Letras Financeiras do Tesouro (LFT), títulos públicos que acompanham a taxa básica de juros (a Selic), apresentaram em média um rendimento médio de 6,27% nos 12 meses encerrados em setembro, maior ganho entre os dez grupos analisados. No mesmo período, a inflação foi de 5,86%.

Deve-se ressaltar que esses papéis, assim como todos os títulos do Tesouro Direto, são mais bem aproveitados pela pessoa física quando aplicados no longo prazo. Conforme este blog mostrou anteriormente, algumas notas do Tesouro chegaram a perder mais de 20% neste ano, para quem comprou no início de 2013 e agora precisa sacar o dinheiro.


Poupança

A poupança foi outra aplicação que mostrou bom resultado, em comparação com as demais modalidades. Para quem investiu na caderneta antes do dia 4 de maio do ano passado, os últimos 12 meses foram de tranquilidade. Essas pessoas estão enquadradas na regra antiga da poupança e tiveram uma rentabilidade de 6,2% nos últimos 12 meses.

Já para os que aplicaram na poupança depois daquela data, os ganhos foram de 5,39%, ligeiramente abaixo da inflação. Mas esses poupadores recentemente foram beneficiados com a alta da taxa Selic de modo que, desde setembro, eles passam a ter o mesmo rendimento dos que aplicaram ainda na época da regra antiga.


CDB

Os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) conseguiram acompanhar a inflação somente para quem conseguiu um rendimento de 96% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

Neste levantamento, classifiquei as modalidades de renda fixa reunindo investimentos com características comuns.

Decidi não colocar todos os títulos do Tesouro Direto no mesmo saco porque cada um tem características muito particulares. Basta ver que enquanto a NTN-F foi o pior investimento, a LFT foi o melhor.


Fundos

Para os fundos – tanto os referenciados em DI quanto os da categoria renda fixa – utilizei a média simples dos seis maiores bancos. Porém, mesmo dentro de cada um desses grupos existe uma variação muito grande dos produtos.

Vale dar uma olhada, separadamente, nos fundos que tiveram a melhor rentabilidade nos últimos 12 meses. Para esse ranking, considerei todos os produtos dos seis maiores bancos que são acessíveis para qualquer investidor (excluí aqueles voltados para clientes “prime”, “estilo” etc).

Abaixo, os 15 fundos das categorias renda fixa e DI com maior rentabilidade nos últimos 12 meses, entre os administrados pelos seis maiores bancos. No total, foram analisados 91 fundos.

 



Perspectivas

Não se pode esquecer que esses números se referem aos 12 meses que já se foram. Parafraseando o comunicado obrigatório dos bancos aos clientes, o prejuízo passado não é garantia de prejuízo futuro.

Alguns papéis que caíram podem vir a subir. Os fundos DI pós-fixados, que variam indiretamente em função da taxa Selic, tendem a se beneficiar com os recentes aumentos da taxa básica de juros.

Um levantamento da consultoria ComDinheiro apontou que, com a Selic a 9,5% ao ano, 400 fundos DI, com taxas de administração de até 1,9% ao ano, passam a render 6,39%, superando a poupança, que ficará em 6,17% enquanto a taxa de juros estiver acima de 9%.

Uma ressalva a ser feita, no entanto, é de que esse retorno dos fundos DI só continuará enquanto a Selic estiver em 9,5% ou acima disso. A projeção de analistas é de que a taxa suba para 9,75% até o fim do ano e assim permaneça até dezembro de 2014.

Fonte: www.uol.com.br


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