Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 24/01/2011
Como fica a questão da saúde mental?
Matéria de Claudia Collucci na Folha de São Paulo apresenta levantamento feito pela IMS Health (instituto que audita a indústria farmacêutica) demonstrou que o clonazepan (ansiolítico- Rivotril) é o segundo medicamento mais vendido no Brasil (só perde para o anticoncepcional Microvlar). Entre 2006 e 2010 houve um aumento de 36% nas vendas, que chegaram a 18,45 milhões de caixinhas. Trata-se de um cenário brasileiro, pois em muitos países há uma redução no consumo destes medicamentos.
Muitos estudos têm demonstrado que a questão da saúde mental e emocional é de fundamental importância. Está associada a aumento nos custos de hospitalizações, utilização do sistema de saúde, absenteísmo, presenteísmo, acidentes no trabalho e doenças ocupacionais. Deste modo, está fortemente relacionada aos custos diretos e indiretos em saúde.
No entanto, o tema é abordado apenas de forma marginal pelos gestores em saúde. As operadoras passaram a oferecer algum tipo de cobertura apenas após exigências legais e da ANS. No entanto, se observa que ao invés de se aproveitar a oportunidade para buscar modelos de prevenção e tratamentos efetivos, em geral há a oferta de serviços de qualidade discutível e sem o devido acompanhamento de resultados.
Por outro lado, as empresas têm constatado que os afastamentos agrupados no código "F" do CID (doenças mentais e emocionais) estão entre os mais prevalentes, mas não enxergam a questão de maneira estratégica. As abordagens relacionadas à gestão do stress são frequentemente superficiais e, não raro, de caráter meramente lúdico.
Sente-se também a falta de profissionais de saúde que possam realizar abordagens (de prevenção e tratamento) efetivas, seguindo protocolos cientificamente aprovados. Volta-se à questão da formação profissional.
Enfim, o tema saúde mental e emocional deve estar na pauta do planejamento dos gestores em saúde e ser enxergado como estratégico.
Fonte: www.saudebusinessweb.com.br | 24.01.11