Publicado por Redação em Gestão de Saúde - 23/09/2019

Como a ginástica laboral pode melhorar a sua performance no trabalho



Segundo especialista, empresas precisam adotar a ginástica laboral, ou seja, exercícios que são feitos em grupo no ambiente de trabalho

A saúde do trabalhador brasileiro pede atenção. Segundo um estudo do Ministério da Saúde, as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são os que mais causam afastamentos no ambiente corporativo.

Os dados mais recentes levantados pelo INSS apontam que 22 mil trabalhadores precisaram se ausentar de suas funções em 2017 por algum tipo de doença relacionada às patologias. Esse número representou 11,19% do total de afastamentos. E o pior é que, com uma mudança simples na rotina, a situação poderia ser diferente. É o que aponta o fisioterapeuta Santiago Munhos, diretor da clínica Santibras Fisioterapia.

De acordo com o especialista, a solução para diminuir o número de casos seria as empresas adotarem a ginástica laboral, ou seja, exercícios que são feitos em grupo no ambiente de trabalho. Uma iniciativa benéfica não só para o empregado como para o empregador e para o próprio poder público já que, entre 2012 e 2017, a Previdência Social gastou R$ 26 bilhões no pagamento de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e auxílio-acidente.

“A proposta dessas atividades é evitar lesões pela repetição de determinados movimentos, trazendo bem-estar e qualidade de vida ao trabalhador”, explica. “Um funcionário sem dor, com mais disposição, certamente entregará um melhor resultado do que aquele que não está se sentindo bem”, acrescenta.

Santiago alerta que o ideal é que os funcionários façam pausas durante o expediente para realizar os exercícios, que, no geral, são alongamentos que ajudam a relaxar, tirar os pontos de tensão e até a fortalecer os músculos. Trata-se de uma forma de aumentar a produtividade, além de deixar o ambiente de trabalho mais descontraído e a equipe mais unida (já que a ginástica é feita em grupo).

“Mas vale destacar que as atividades não são iguais para todos, elas são elaboradas de acordo com o tipo de trabalho exercido por cada colaborador e/ou empresa”, afirma o fisioterapeuta. Para as pessoas que passam bastante tempo sentadas em frente ao computador, digitando, por exemplo, a recomendação é fazer alongamentos dos membros superiores, principalmente do antebraço e da musculatura das mãos. Também é importante trabalhar a postura.

A questão, no entanto, é que todos os profissionais deveriam fazer a ginástica laboral, ainda que pensem que a profissão que têm não exige uma iniciativa dessas. “Estudos mostram que fazer os exercícios de duas a três vezes por semana, por 15 minutos, já é suficiente para conseguir evitar as lesões por repetição e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, conta o diretor da clínica Santibras Fisioterapia. Ele ainda sugere que, se for possível, o trabalhador faça de 2 a 3 pausas por dia, por cerca de 10 minutos cada, para descansar. “Isso também ajuda a melhorar o desempenho, pois quem trabalha descansado, trabalha melhor”, conclui.

 

As LER/DORT

Embora chamados de nomes diversos, os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, a Lesão por Trauma Cumulativo, as Afecções Musculares Relacionadas ao Trabalho ou as Lesões por Esforços Repetitivos são patologias semelhantes.

Tratam-se de lesões no tecido nervoso ou no músculo-esquelético devido a algum tipo de trauma que torna os movimentos limitados, doloridos ou até mesmo inviáveis.

Os profissionais expostos a maior risco são aqueles que trabalham com computadores, em linhas de montagem e de produção ou que fazem trabalhos manuais.


Fonte: Revista Melhor


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