Publicado por Redação em Mercado - 27/05/2021
Com três mulheres no conselho, AgroGalaxy embarca no "Women On Board"
O movimento de mulheres rumo ao topo das corporações inclui os conselhos de administração, estruturas estratégicas que têm por objetivo manter viva organizações e empresas. Na manhã de hoje (24), uma cerimônia marcou a entrada da AgroGalaxy como membro da WOB (Women on Board), iniciativa independente criada por um grupo de executivas para promover ambientes corporativos que contam com mulheres em conselhos de administração ou consultivos.
A AgroGalaxy, que atua em insumos agrícolas e grãos, é a primeira empresa do segmento a receber o selo WOB. A outra empresa do agronegócio que conta com a certificação é Suzano, mas atua no segmento de papel e celulose de eucalipto. A AgroGalaxy tem três mulheres no conselho de administração, o que significa 33% do número de acentos. Estão no conselho Tarcila Ursini, Larissa Pomerantzeff e Elaine Schulze.
“Uma governança diversa em gênero, também em expertises e competências, faz do conselho de administração um exemplo para a real criação de valor a todos os stakeholders”, diz Tarcila Ursini, que é economista e advogada com 22 anos de experiência em estratégia, inovação e cultura para sustentabilidade. A experiência das outras duas mulheres que estão no conselho vai na mesma linha. Economista, Larissa Pomerantzeff tem 20 anos de experiência em finanças e agronegócio, e a engenheira Elaine Schulze outros 20 anos dedicados a finanças corporativas.
Para a diretora de operações e vendas da AgroGalaxy, Sheilla Albuquerque, responsável pela agenda de ESG na companhia, a resposta para equalizar a participação de gênero é simples: “a diversidade é lucrativa”, diz ela. “Vejo que a diversidade é realmente um pilar importante na nossa gestão. Nossos times têm experiências e perspectivas de vida diferentes, gerando valor para empresas e acionistas.” Nos primeiros três meses de 2021, a receita líquida da AgroGalaxy cresceu 49% ante o mesmo período de 2020, contabilizando R$ 1,204 bilhão. Enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado chegou a R$ 29 milhões, aumento de 213% na mesma comparação.
A empresa tem mais três metas de ESG, na área de gestão corporativa: chegar a 30% de mulheres no quadro geral de liderança até 2030, saindo dos atuais 16%; garantir paridade salarial nos próximos dois anos e elevar para 30% a presença de mulheres em cargo de gerência também até 2030, com crescimento de 2% por ano. “A política de gênero é nossa prioridade”, diz Welles Pascoal, CEO da companhia. “Queremos ser o fio condutor da promoção de ESG no agronegócio brasileiro e o conselho é reflexo da nossa valorização da diversidade.”
A AgroGalaxy nasceu em 2018 a partir da unificação, via o fundo de investimento Aqua Capital, das empresas Rural BR, Sementes Campeã, Agro100, AgroFerrari, Sementes Boa Nova, Grão de Ouro e Boa Vista. Atua em nove estados, com 104 lojas e 17 mil clientes que têm sob suas guardas 7,9 milhões de hectares cultivados. A empresa oferece insumos agrícolas, sementes, originação, armazenamento e comercialização de grãos.
Já a WOB, que tem o apoio da ONU Mulheres, foi criada por oito profissionais, entre elas Barbara Rosemberg, advogada doutora em direito econômico-financeiro; Carol Conway, mestre em direito econômico; Carolina Niemeyer, advogada com larga experiência em mercado de capitais; Christiane Aché, primeira conselheira do IBEF (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças), sendo reconhecida pela Forbes como uma entre as “50 mulheres mais influentes do Brasil em 2016”; Daniela Graicar, jornalista com pós-MBA em conselho de administração; Daniele Lima, administradora de empresas; Marina Copola, advogada e professora na pós-graduação do Insper e do IBMEC; e Patrícia Marins, especialista em comunicação integrada.
Com a adesão da AgroGalaxy, a WOB conta com 35 empresas e organizações certificadas, entre elas Ambev, Arezzo, Burger King, Porto Seguro, Santander e Pernambucanas.
Fonte: Forbes