Publicado por Redação em Previdência Corporate - 06/02/2013
Com R$ 25 por mês, já é possível fazer a previdência do bebê
Parece que foi ontem. Ele era um pequeno ser que se aconchegava perfeitamente nos braços maternos. Mas o tempo é implacável. Em um piscar de olhos, está crescido. Em outro, já é adulto. Se quando pequeno as despesas são grandes, imagina quando chegar à maioridade. Com seus 18 anos, vai querer um carro, entrar na faculdade, fazer intercâmbio, muitos pedidos para os pais darem conta de uma vez só. Para que essas preocupações não sejam tão latentes lá no futuro, o melhor é começar a investir nisso desde agora, e os planos de previdência privada infantil podem ser uma boa alternativa.
Os investimentos para menores de idade funcionam de forma muito parecida com os destinados a adultos. A maior diferença é que o responsável por gerir a conta não é o beneficiado, mas um responsável, em geral, um dos pais. Só após atingir a maioridade o jovem poderá decidir como vai administrar a própria renda.
Segundo o presidente eleito da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), Osvaldo Nascimento, a previdência privada é a melhor alternativa para investir a longo prazo, pois rende mais que a poupança, é estável e ainda permite postergar o pagamento ou, até mesmo, deduzir parte da tributação. Além disso, o gestor pode sacar o dinheiro, fazer modificações no plano ou trocar de empresa durante a vigoração do contrato. De acordo com o economista e presidente do conselho da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Roberto Vertamatti, o mais indicado é que os pais optem por fazer aplicações mensais, mas também é possível injetar quantias de forma mais espaçada.
Os planos de previdência são divididos em dois tipos principais: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). O primeiro modelo é destinado àqueles que fazem a declaração completa de Imposto de Renda, pois é possível deduzir até 12% da renda bruta anual em previdência complementar. Nesse caso, todo o valor resgatado sofrerá tributação. Já o outro é indicado para quem faz declaração simplificada. Nesse modelo, não é possível fazer dedução fiscal, mas a tributação é cobrada apenas na hora do resgate e incide somente sobre os rendimentos.
Na hora de contratar o plano, os pais também deverão escolher se desejam aplicar em renda fixa, variável ou mista. No primeiro tipo, o rendimento já é pré-definido, o que caracteriza um risco teoricamente menor. Já no variável, o investimento é feito em ações, o que, portanto, não prevê nenhuma garantia de rentabilidade. A renda variável é um misto dos dois. Segundo o economista, essa é, aliás, a melhor alternativa de investimento, pois dispõe de ambos os benefícios. Enquanto a aplicação em bolsa a longo prazo tem um risco baixo e possibilita um rendimento maior, a renda fixa é mais estável e tem um lucro futuro garantido.
Não é preciso investir uma fortua para contratar um plano
O investimento necessário para abrir um plano de previdência privada infantil vai depender de qual instituição e características serão escolhidas. Na BrasilPrev, que é ligada ao Banco do Brasil, por exemplo, é possível fazer investimentos a partir de R$ 25 mensais, no caso de um plano VGBL. De acordo com o simulador disponibilizado pela instituição, após 21 anos de pagamento, esse valor vai equivaler a cerca de R$ 13,4 mil. Já para os pais que podem investir mais, uma contribuição mensal de R$ 200 vai resultar em um fundo de mais de R$ 108 mil, durante o mesmo período do exemplo anterior.
Os valores das taxas cobradas pelas instituições são variáveis, podendo incidir sobre cada aplicação, sobre o resgate e a entrada da renda, além de outros serviços. No entanto, segundo Vertamatti, essas cobranças são negociáveis. Se o investimento for grande, é possível até conseguir extingui-las.
Apesar das possíveis vantagens, muitos pais ficam ressabiados em aderir à previdência privada, principalmente em relação ao futuro da instituição financeira em que vão aplicar. No entanto, segundo o presidente da FenaPrevi, o mercado brasileiro está estável há bastante tempo e não há sinais de que esse quadro vai mudar. Além disso, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) realiza fiscalizações periódicas, para evitar maiores sustos. E, por fim, ele aponta que o recurso previdenciário fica armazenado em um fundo protegido e exclusivo. Se o investidor estiver temoroso, ele pode simplesmente sacar o dinheiro. Não há, portanto, grandes riscos. O mais importante é se informar a respeito da instituição e do plano de interesse, para assim evitar imprevistos e ficar tranquilo em relação ao futuro dos filhos.
Fonte: Terra