Publicado por Redação em Previdência Corporate - 09/02/2011
Com menos sinistros, gastos comerciais dobram em cinco anos
Com rígida gestao de riscos, para manter os sinistros sob controle, que subiram apenas 8,6% em 2010, para R$ 22,887 bilhoes, as seguradoras parecem ter adotado ao longo do ano uma política mais liberal na compra de produçao e, também, para o funcionamento da estrutura interna.
Pelo menos é o que indicam os números da Susep. Na máquina administrativa, os gastos foram jogados 16,5% para cima, ao atingir R$ 8,110 bilhoes.
Generosidade ainda maior foi verificada no processo de comercializaçao de seguros, no qual os dispêndios engordaram 18,8%, para R$ 10,321 bilhoes. A evoluçao da receita (premio ganho), em 14,2%, também contribuiu para esse afrouxamento nas despesas.
Ainda assim, o índice combinado ficou em 93%, caindo para 82% se incluído o resultado financeiro de R$ 6,385 bilhoes. Em cinco anos, de 2005 a 2010, as despesas comerciais sobre os prêmios ganhos saíram de 20,4% para 22,3%, quase 2 pontos percentuais a mais. Em valores absolutos, os gastos mais do que dobraram. Pularam de R$ 5,011 bilhoes para R$ 10,321 bilhoes, alta de 105,9%.
Apesar do aumento de 71,3% em valores absolutos, as despesas administrativas apresentaram caminho inverso: de 19,3% dos prêmios ganhos, em 2005, passaram para 17,5%, em 2010, queda de 1,8 ponto percentual. Em proporçao bem mais acentuada, trajetória semelhante foi verificada nos sinistros retidos, que, em cinco anos, despencaram de 58,8% para 49,4% dos prêmios ganhos, recuo de nada menos que 9,4 pontos percentuais.
Em valores absolutos, as indenizaçoes subiram 58,7%. Nos mesmos cinco anos, os prêmios ganhos evoluíram 88,8%.
Fonte: www.cqcs.com.br | 09.02.11