Publicado por Redação em Notícias Gerais - 08/12/2011
Com medidas do BCE, Mantega diz haver luz no fim do túnel para crise
O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, se mostrou satisfeito nesta quinta-feira com as novas medidas tomadas pelo BCE (Banco Central Europeu) para conter a crise da dívida que assola a zona do euro.
Segundo Mantega, as medidas de redução da taxa de juros e a criação de uma linha de financiamento mais longa mostram uma atuação maior e mais flexível da autoridade monetária nos problemas europeus.
"Com isso ele [o BCE] se aproxima mais do chamado emprestador de última instância, papel que ele vinha cumprindo de forma tímida, envergonhada. Os países europeus estão se convencendo de que eles precisam colocar o Banco Central na frente do combate a esta crise, mas ainda não é o ideal, ainda precisar avança", afirmou Mantega.
Segundo o ministro, as ações já foram sentidas no mercado, que está reagindo positivamente, mas medidas como a constituição de uma união fiscal europeia também são importantes e devem ser tomadas para que a crise fique sob controle.
"É importante, mas não é fácil. Se eles conseguirem, significa que irão discutir as metas fiscais em conjunto e que também haverá uma fiscalização conjunta, o que é um avanço considerável. Estamos vendo uma luz no fim do túnel", disse.
FUNDO DE PREVIDÊNCIA DO SERVIDOR
Mantega reafirmou também a posição do governo de manter a contribuição para a Funpresp (Fundo de Pensão dos Servidores Públicos Federais) em 7,5%. Na Câmara dos Deputados há uma pressão para que a alíquota suba para 8,5%.
Segundo o ministro ainda não há entendimento sobre o assunto. "Esta questão está em discussão, nós não temos o entendimento, mas há chances de isso ser acertado logo, e queremos que o Senado participe desta discussão", afirmou. Nesta tarde, Mantega se reúne com o Presidente do Senado, José Sarney, e lideranças para tratar do assunto.
Para ele, um eventual aumento de 1% na alíquota pode gerar algo como de 10% a 15% a mais do custo previsto para o governo e, por isso, este aumento tem que ser estudado com muita cautela antes de ser aprovado.
Mantega afirmou ainda que o fundo é essencial para reduzir o deficit da Previdência Social, e com isso dar solidez as contas públicas.
"A a provação desse fundo é um dos fatores muito importantes [para solidez fiscal] no médio e longo prazo vai diminuir o déficit da previdência e ao mesmo tempo vai criar uma modalidade aos trabalhadores em que eles terão uma aposentadoria garantida, que não vai ter mudanças", defendeu.
Fonte:www1.folha.uol.com.br|08.12.11