Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 14/05/2012
Capacidade de rever as próprias metas melhora qualidade de vida
Metas inatingíveis
A maioria das pessoas organiza suas vidas estabelecendo objetivos para si mesmas.
Mas o que acontece quando uma experiência daquelas capazes de mudar a vida da gente faz com que essas metas tornem-se inalcançáveis?
Pesquisadores decidiram encontrar a resposta a esta pergunta junto a mulheres que enfrentaram e venceram o câncer de mama.
O trabalho foi realizado por Carsten Wrosch e Catherine Sabiston, da Universidade de Concórdia (Canadá).
Lidar com novas realidades
O estudo mostrou que a reconstrução dos próprios objetivos - ser capaz de definir novas metas - está associado com mais atividade física, aumento do bem-estar emocional e menos sintomas físicos.
Além disso, as sobreviventes que foram capazes de deixar pra lá velhas metas e encontrar novos objetivos eram menos sedentárias, o que contribuiu para uma melhoria do bem-estar.
"Ao envolver-se em novas metas, uma pessoa pode reduzir a angústia que surge do desejo de atingir o inatingível, ao mesmo tempo mantendo um senso de propósito na vida, encontrando outras atividades de valor," disse Wrosch.
"Abandonar velhas metas permite que alguém invista tempo e energia suficientes para lidar eficazmente com as suas novas realidades," concluem os pesquisadores.
Deixar pra lá
O estudo demonstrou que as mulheres que foram capazes de deixar de lado as velhas metas e definir novas, em conformidade com sua nova situação, apresentam um bem-estar geral significativamente melhor.
Assim que foi removida a pressão auto-imposta pelas próprias metas, agora tornadas irrealistas pela nova situação, a qualidade de vida das pacientes melhorou.
As estatísticas mostram que cerca de 48% das sobreviventes de câncer de mama ficam com sobrepeso ou obesas. Elas também tendem a ser mais sedentárias que mulheres não diagnosticadas com câncer de mama.
Ou seja, parece que a maioria delas tem dificuldades em "deixar pra lá" os velhos objetivos e estabelecer novos.
Fonte: www.diariodasaude.com.br