Publicado por Redação em Gestão do RH - 02/10/2020

Bristol Myers Squibb oferece assistência psicológica aos funcionários e às suas famílias



Qual é o papel das empresas em zelar pela saúde física e mental dos seus funcionários? Essa questão veio à tona durante a pandemia do novo coronavírus, provocando uma verdadeira caça ao tesouro pelo equilíbrio entre os espectros profissional e pessoal. Nesse sentido, flexibilidade é a palavra de ordem: mais do que nunca, é preciso entender e adequar-se às necessidades do outro, respeitando e apoiando a forma como cada um lida com o famoso “novo normal”. Pensando nisso, a biofarmacêutica Bristol Myers Squibb (BMS) desenvolveu uma estratégia para auxiliar os colaboradores, com ações que envolvem até os familiares da equipe.

“Nossa ideia sempre foi sair do lugar comum que romantiza o trabalho remoto e coloca todos como heróis capazes de cuidar dos filhos, da casa, do trabalho, da agenda e ainda fazer exercícios ou praticar algum hobbie – tudo isso com saúde mental intacta. O primeiro passo foi mudar a terminologia: não chamamos de home office, mas de work from home (trabalho de casa), pois precisamos incluir as atividades profissionais no meio da nova dinâmica do lar e não ao contrário. Uma forma de contribuir com isso foi, por exemplo, criar o ‘no meeting zone’, bloqueando na agenda de todos os colaboradores o período de uma hora e meia, a partir das 12h, incentivando os colaboradores a não agendarem reuniões nesse período ou estabelecerem períodos de descanso flexíveis e mais extensos de forma a melhor acomodarem suas rotinas”, adianta Jennifer Wendling, Diretora de RH da BMS Brasil.

Além de manter ouvidos atentos para feedbacks sobre questões inerentes a essa fase, iniciativas foram fortalecidas. O Programa de Apoio ao Colaborador (EAP) da BMS, por exemplo, já existia antes da pandemia, e sendo seu acesso pelos colaboradores e sua abrangência ainda mais pertinentes agora. Nele, são oferecidas assistências psicológica, financeira e jurídica de forma gratuita e confidencial. Além do funcionário, o benefício é estendido a toda a família – somados aos dependentes, pais e irmãos têm acesso aos serviços 24 horas sem custo adicional. O EAP contribui para a compreensão universal de como a crise causada pela Covid-19 impactou a vida do colaborador.

Ou seja, partindo do entendimento que cada pessoa faz parte de um microcosmo e é influenciada pelo que acontece nele, o EAP ajuda a superar questões impostas pelas transformações sociais acarretadas pelo novo coronavírus. Em um cenário que atinge sobretudo a saúde da mente, quase 30% da população global relata sintomas de ansiedade, 17% de depressão e 8% de estresse. No mundo corporativo, 40% das mulheres negras que trabalham em companhias multinacionais precisam de apoio psicológico.

“Por isso, treinamos os gestores da BMS para que estejam atentos às manifestações que possam indicar que a saúde da mente do seu time não vai bem. Também fortalecemos a cultura de diversidade e inclusão: não queremos que ninguém se sinta excluído neste momento em que estamos fisicamente distantes”, comenta Jennifer.

Um reflexo dessa atenção especial aos colaboradores foi percebido globalmente. No dia 10 de agosto, nenhum funcionário da BMS, nos 56 países com afiliadas, trabalhou, formando uma grande folga coletiva pautada nos novos desafios e rotinas estabelecidos pela pandemia, transformando essa data em um momento de descanso e autocuidado.

Para Rodolfo Araújo, vice-presidente da consultoria United Minds, especializada em cultura organizacional, trata-se de um caminho sem volta. “Estamos vivendo uma transformação não somente de negócios. Ela é, sobretudo, humana. Novas palavras, felizmente, farão parte do vocabulário corporativo, como saúde mental, equilíbrio, liderança empática, diversidade e inclusão. As marcas que não seguirem este caminho deixarão de ser as preferidas por parte de profissionais, consumidores e outros públicos”, afirma.

Falar e ser ouvido

Possibility Lives é uma forma de colocar a escuta ativa em prática. Nele, toda a companhia é convidada a conversar com o presidente da BMS em reuniões semanais de uma hora e meia, nas quais é possível expor preocupações acerca do mundo atual. Em uma roda de conversa aberta, também são compartilhadas novidades da empresa, ações voltadas aos pacientes e expectativas dos colaboradores sobre o futuro pós pandemia.

“Com isso, vemos as particularidades de cada um, tanto profissional quanto pessoalmente. É uma forma de acolher nossos colaboradores, ouvindo seus anseios e as suas conquistas. Em geral, 2/3 do quadro de funcionários da BMS participa desses encontros”, explica a Diretora de RH.

Ainda, durante a pandemia foi criado o “Drive-Thru de Diversidade & Inclusão”. A pesquisa Diagnóstico LGBT+ na Pandemia apontou, por exemplo, que 43% da população LGBTQIAP+ vem sofrendo com ansiedade, depressão e crise de pânico durante a pandemia – logo, a inserção de temas ligados à essa comunidade no dia a dia da companhia em tempos de pandemia é essencial. Os encontros são organizados pelos Grupos de Pessoas e Negócios (PBRGs) e discutem assuntos que estão em voga – além das questões LGBTQIAP+, abordam-se inclusão de pessoas com deficiência, equidade racial e equidade de gênero e gerações. As conversas têm duração de 45 minutos, mantendo temas ligados à diversidade e inclusão, sempre no dia a dia da companhia, relacionados com a atual pandemia.

Saúde da mente no centro

Com a crescente necessidade de zelar pela saúde da mente dos colaboradores em tempos difíceis, a BMS incorporou um programa de mindfulness, com sessões semanais em que uma especialista ensina a prática da atenção plena. Estudos apontam que a adoção dessa técnica no ambiente profissional gera importantes resultados, como redução de estresse, ansiedade e depressão, melhorando a concentração e a resiliência física. Ainda, tem impacto positivo em dores crônicas, imunidade, transtornos alimentares e até na fibromialgia.

Com olhar atento para a saúde integral dos colaboradores, a BMS também adotou o “Break Time”, a adaptação online das sessões de ginástica laboral que aconteciam no escritório. Nelas, são ensinadas um conjunto de práticas de exercícios que podem ser realizados no espaço de trabalho, respeitando a fisiologia muscular e articular, com a finalidade preparar o corpo para as adaptações necessárias no trabalho remoto.

Então, qual é o papel das empresas em zelar pela saúde física e mental dos seus funcionários? “Ainda não temos todas as respostas, mas estamos aprendendo com as experiências locais e globais. Sabemos que precisamos viver verdadeiramente nossos valores, que incluem paixão, urgência, inclusão e inovação. Ao colocar isso em prática diariamente, transformamos hábito em cultura: desta forma, acolhemos nossos colaboradores e suas famílias, para que todos sintam-se seguros e sãos durante, especialmente, momentos desafiadores”, conclui Jennifer Wendling, Diretora de RH da BMS.



Fonte: Mundo RH


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