Publicado por Redação em Vida em Grupo - 21/03/2014
Brasil está entre os que mais devem crescer em seguro
O Brasil ocupa a terceira posição com maior previsão de crescimento em prêmios de seguros (em dólares) num grupo de 21 emergentes, atrás apenas de China e Índia, em estudo da consultoria EY (antiga Ernst & Young) obtido pelo Valor.
Segundo a consultoria, o Brasil é o país mais acessível para companhias estrangeiras de seguros entre os Brics (que reúne também Rússia, Índia, China e África do Sul). Estima que a crescente venda de carros deve gerar grande crescimento para as linhas automotivas das seguradoras no país. O estudo calcula que o mercado brasileiro terá uma frota de mais de 125 milhões de veículos até o ano que vem.
Embora aconselhe as seguradoras globais a continuar apostando nos Brics, a EY chama atenção para outros emergentes que julga terem potencial de expansão de negócios bem mais forte para os próximos dois a três anos.
No ranking de oportunidades de crescimento do mercado de seguros, determinado por fatores regulatórios, demográficos e econômicos, a consultoria aponta o Brasil na décima posição entre 21 países levantados. A Turquia aparece como o mercado de maior oportunidade, seguido por Indonésia e China.
Quanto a classificação de risco, baseada em volatilidade econômica, riscos macroeconômicas, de liquidez e de corrupção, que podem causar problemas para as seguradoras, o país é apontado como o oitavo mais arriscado no mesmo grupo. Hong Kong é considerado o mercado de menor risco.
No capítulo de riscos macroeconômicos, o Brasil é julgado especialmente como arriscado. A consultoria avalia que em países como o Brasil e a Índia o crescimento econômico pode ser limitado por erros de políticas adotadas, por exemplo.
Conforme o estudo, as seguradoras devem levar em conta, para sua expansão externa, mudanças importantes nas economias de rápido crescimento, como novas regulações, adoção de novos produtos de seguros, incentivos fiscais e o fato de governos considerarem o segmento como estratégico.
Para a EY, a China continuará desempenhando um papel dominante no mercado internacional de seguros, mas México, Tailândia, Colômbia e Indonésia trazem boas perspectivas no longo prazo.
Entre 2000 e 2011, os prêmios de seguros cresceram 11% ao ano em média nos emergentes, comparado a 1,3% nos mercados desenvolvidos. Com isso, a fatia dos emergentes nos prêmios globais aumentou de 5% para 14% em seguros de vida, e de 7% para 17% em outros segmentos.
Fonte: Valor Econômico