Publicado por Redação em Notícias Gerais - 14/09/2011
Bovespa vira e passa a cair 0,70%; dólar já atinge R$ 1,73
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) mostra volatilidade na rodada de negócios desta quarta-feira, alternando entre altas e baixas, principalmente após a abertura das Bolsas americanas. O dólar não para de subir e já alcança R$ 1,73, maior preço desde o final do ano passado.
O foco continua a ser a crise europeia. De um lado, uma parcela de investidores e analistas confia que as autoridades políticas e econômicas do velho continente devem chegar a algum consenso que evite o "default" (calote) da Grécia, o que poderia precipitar uma crise de confiança na região. Mas outro grupo de agentes financeiros está bastante pessimista e prefere correr dos ativos de maior risco, como ações, para "portos seguros" como o dólar.
As Bolsas europeias ainda mostram recuperação: em Londres, o índice de ações FTSE avança 1,26%; em Frankfurt, o índice Dax se valoriza em 2,29%.
Cruzando o Atlântico, os mercados não mostram tanta animação: em Nova York, o mundialmente influente índice Dow Jones recua 0,57%.
E no front doméstico, o índice Ibovespa tem perdas de 0,70%, na marca dos 55.157 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,27 bilhão.
O dólar comercial é negociado por R$ 1,737, em um aumento de 1,40%. A taxa de risco-país marca 226 pontos, mantendo a pontuação anterior.
Esse otimismo cauteloso dos agentes financeiros contribuiu para suavizar o impacto da principal notícia desta manhã: o rebaixamento dos 'ratings' (nota de risco de crédito) dos bancos franceses Crédit Agricole e Société Générale pela agência Moody's.
Para justificar essa decisão, entre outros fatores, a Moody's cita o fato de que uma dessas instituições financeiros tem muito capital aplicado em títulos da dívida grega. O país mediterrâneo se encontra numa situação financeira bastante delicada, e boa parte dos agentes financeiros acredita que é somente uma questão de dias para que anuncie um 'default' (suspensão de pagamentos).
Entre outras notícias importantes do dia, dois indicadores econômicos importantes dos EUA frustraram as expectativas do mercado.
O índice de preços PPI (preços no setor atacadista) mostrou variação nula em agosto ante uma alta de 0,2% em julho. Economistas do setor financeiro, porém, projetavam uma deflação de 0,1%.
Ainda nos EUA, as vendas do setor varejista não apresentaram crescimento relevante no mês passado, contra expectativas de um crescimento de pelo menos 0,2% para o período.
Fonte: www1.folha.uol.com.br | 14.09.11