Publicado por Redação em Notícias Gerais - 03/08/2012
Bovespa sobe mais de 3% seguindo bom humor externo
O clima positivo nos mercados financeiros globais, garantido pelo resultado melhor do que o esperado do mercado de trabalho americano, só fez crescer ao longo desta sexta-feira.
Por volta das 15h20, o Ibovespa, principal índice de ações da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), subia 3,20%, para 57.299 pontos. Se fechasse nesse patamar, o índice passaria a ter saldo positivo no acumulado do ano.
Entre as ações mais negociadas, Vale PNA subia 1,96%, para R$ 36,79; Petrobras PN avançava 2,65%, para R$ 20,12; OGX ON ganhava 4,48%, para R$ 5,83; e Itaú PN tinha valorização de 3,40%, para R$ 32,47.
As Bolsas americanas engatam em uma trajetória firme de valorização, depois de as europeias fecharem em forte alta, enquanto o dólar e os títulos públicos americanos (Treasuries) perdem terreno.
O otimismo ganhou força quando o Departamento de Trabalho americano informou que o setor privado abriu 163 mil vagas de emprego em julho, acima da projeção de 95 mil e superior aos 64 mil postos abertos em junho.
Na lista das boas notícias, também está o avanço da atividade do setor de serviços em ritmo mais acelerado em julho, de acordo com o Instituto para Gestão de Oferta. Mas mesmo antes dos indicadores, já havia sinais de que o dia seria melhor, por causa de uma reavalização do discurso de Mario Draghi de ontem.
A visão de que o BCE deverá, sim, agir no tempo certo e de que dispõe de instrumentos considerados adequados tomou conta das mesas de operação e abriu espaço para uma correção dos exageros da véspera.
Também contribuem para a recuperação rumores de que a Espanha estaria próxima de pedir um resgate financeiro, o que abriria caminho para a compra de títulos do país por parte do Banco Central Europeu (BCE).
CÂMBIO
No mercado de câmbio, o dólar cai mais de 1% ante o real nesta sexta-feira, na maior queda percentual diária em um mês.
Segundo operadores, o mercado reflete a acentuada melhora no apetite por risco no exterior, após dados melhores que o esperado nos Estados Unidos e na Europa.
Às 15h20, o dólar comercial caía 1,07%, para R$ 2,028 na venda. As taxas dos contratos de juros futuros ampliaram o movimento de alta no fim da manhã, com as declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, potencializando os efeitos do cenário externo sobre o humor do investidor local.
Os DIs operam com taxas mais altas do que as observadas no fechamento da quarta-feira, antes do efeito Draghi.
Em entrevista sobre o relatório regional do Banco Central, em Salvador, Hamilton reafirmou a ideia de que o crescimento econômico do país continuará ocorrendo em ritmo moderado, com manutenção do desemprego baixo e inflação convergindo para a meta.
Ele enfatizou que não há indícios de que o mercado de trabalho vai se enfraquecer.
Fonte: Folha