Publicado por Redação em Notícias Gerais - 03/11/2011
Bovespa avança 1,5% nos primeiros negócios; dólar vale R$ 1,72
As ações brasileiras são negociadas com valorização no reinício das operações após o feriado de ontem. Os mercados mostram um pouco menos de nervosismo em relação ao novo capítulo da novela grega --a realização de um referendo para apreciar o novo pacote de resgate financeiro.
O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, sobe 1,52%, aos 58.192 pontos. Na terça-feira, a Bovespa fechou em queda de 1,74%.
O dólar comercial é negociado por R$ 1,724, em um declínio de 0,74%. A taxa de risco-país marca 212 pontos, número 4,50% abaixo da pontuação anterior.
As principais Bolsas europeias registram ganhos, a exemplo de Londres (1,2%), Paris (2,35%) e Frankfurt (3,04%).
O Banco Central Europeu, em uma decisão inesperada, reduziu a taxa básica de juros da região para 1,25% ao ano, na estreia de Mario Draghi na presidência da instituição, substituindo Jean Claude Trichet.
A pressão contra a iniciativa do primeiro-ministro grego George Papandreou trouxe um pouco mais de alívio para os mercados na rodada de negócios de hoje. Sem apoio nem entre as fileiras do próprio partido, agências internacionais já davam conta de uma possível renúncia do premier.
Embora o pacote preveja o perdão de metade da dívida grega, o que seria benéfico para as combalidas finanças desse país, exige em contrapartida severos ajustes fiscais, sendo que há meses a população grega tem se manifestado nas ruas contra medidas semelhantes.
Na noite de ontem, o presidente francês Nicolas Sarkozy já havia colocado os termos da negociação, a afirmar que os gregos deveriam dizer explicitamente se ainda desejavam integrar a zona do euro.
E fez um ultimato, falando em nome dos "patrocinadores" do plano de ajuda à Grécia: "Se as regras de jogo não forem aceitas, nem a União Europeia nem o FMI vão entregar mais nenhum centavo à Grécia".
EUA E ITÁLIA
Também ontem, o banco central dos EUA, o Federal Reserve, reiterou que vai manter as taxas de juros baixas até meados de 2013, e que está preparado "para utilizar todas as suas ferramentas na promoção de um reativação econômica mais forte em um contexto de estabilidade de preços".
Em seu habitual balanço de pontos fracos e fortes da economia americana, o chamado "Fed" mencionou um certo fortalecimento do crescimento econômico, acrescentando que "os indicadores recentes apontam para um persistente enfraquecimento do mercado de trabalho e que a taxa de desemprego continua elevada".
O BC americano ainda indicou que "em meses recentes a despesa familiar aumentou em um ritmo um pouco mais rápido".
Ainda nos EUA, a consultoria ADP apontou uma criação de empregos no setor privado (110 mil privados) em setembro num ritmo acima das expectativas, alimento algum otimismo em relação ao relatório oficial previsto para amanhã sobre o mercado de trabalho, sem dúvida o indicador econômico mais aguardado da semana.
Em outra notícia que pode ser vista como favorável para a valorização das ações, o governo italiano anunciou que foram aprovadas algumas reformas econômicas que devem melhorar a estabilidade financeira do país.
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br|03.11.11