Publicado por Redação em Notícias Gerais - 09/12/2011
Bovespa acompanha bom humor internacional e sobe mais de 1%
De olho na situação europeia, o mercado acionário brasileiro firmou trajetória positiva, nesta sexta-feira, e ainda ganhou impulso após a divulgação de dados de confiança do consumidor nos Estados Unidos.
Investidores seguem reagindo favoravelmente ao acordo acertado pela maior parte dos países europeus, em meio a regras mais rígidas no campo fiscal, e também acompanham uma bateria de indicadores divulgados na China.
Na mesma trajetória das bolsas europeias e americanas, o mercado brasileiro volta a subir, após dois dias de forte queda. Por volta das 13h, o Ibovespa avançava 1,14%, aos 58.108 pontos, com giro financeiro de R$ 1,1 bilhão.
Em Wall Street, o índice Dow Jones tinha valorização de 0,92%, enquanto o S&P 500 ganhava 0,95% e o Nasdaq subia 0,76%.
Evento mais aguardado do cenário recente, a reunião de cúpula dos líderes da União Europeia já trouxe notícias positivas ao mercado. 23 países europeus decidiram apoiar um novo tratado com supervisão mais rigorosa dos orçamentos nacionais.
Até o momento, quatro integrantes da UE (União Europeia), incluindo a Inglaterra, não aderiram à proposta, mas o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, disse que o número poderá ser reduzido.
"Nossa preferência era de uma mudança completa no tratado com os 27 alterando os acordos da União Europeia", sustentou Van Rompuy. "Tentamos, mas, por não haver uma decisão unânime, temos de tomar outra decisão. É possível que tenhamos algum tipo de tratado intergovernamental com 26 países", completou.
Conforme o comunicado emitido ao fim do encontro, os governos incluídos no acordo precisarão ter orçamentos equilibrados, com um déficit estrutural que não supere 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto). O tratado deve envolver um "mecanismo de correção automática" para países que violarem as regras.
O presidente do Conselho Europeu ainda disse que a zona do euro, junto com alguns outros integrantes da União Europeia, vai prover até 200 bilhões de euros em recursos extras para o FMI (Fundo Monetário Internacional), para serem usados para ajudar os países a ajeitarem suas contas.
Diante do acordo, investidores deixam de lado a decisão da Moody's de reduzir a nota de crédito de três bancos franceses --o BNP Paribas, o Crédit Agricole e o Société Générale.
"As medidas foram, em geral, positivas, mas ainda deixaram algumas lacunas, em especial em relação a possíveis mecanismos para facilitar a rolagem das dívidas. De toda forma, a solução está na direção correta, ainda que necessitemos de fatores mais consistentes para a recuperação da Bolsa", comenta o gestor de renda variável da Mercatto Investimentos Roni Lacerda. "O ambiente segue indefinido e é muito cedo para "comprarmos" um cenário muito otimista."
Na China, o comércio varejista manteve o ritmo forte, mas a inflação, tanto no atacado quanto no varejo, a produção industrial e a atividade no setor imobiliário da China continuaram arrefecendo em novembro.
Os indicadores divulgados hoje fazem crescer a aposta de que Pequim adotará mais afrouxamento monetário, mas a agência oficial de notícias, a Xinhua, informou nesta sexta-feira que o governo manterá sua política monetária "prudente" e a política fiscal "ativa" no ano que vem.
EMPRESAS
Dentro do Ibovespa, a maior parte das ações registra ganhos, com destaque para LLX Logística ON (3,84%, a R$ 3,51), TAM PN (3,70%, a R$ 36,40) e Marfrig ON (3,29%, a R$ 8,77).
Entre os papéis de maior peso, Petrobras PN ainda subia 1,33%, a R$ 22,82, e Vale PNA avançava 0,64%, a R$ 38,75.
No sentido oposto, as principais quedas pertenciam às ações Embraer ON (-1,06%, a R$ 11,11), Hypermarcas ON (-1,23%, a R$ 8,79) e Ultrapar ON (-1,63%, a R$ 31,97).
Fonte:www1.folha.uol.com.br|09.12.11